Capítulo 6

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Thaís

Subi pro meu quarto e tomei um banho, vesti meu pijama e me deitei na cama. Fazia tempo que não ficava de castigo, também não tinha amiguinha pra ir fazer merda comigo né!

Eu até tinha uma coleguinha aí a uns anos atrás, mas a mesma se envolveu com um playboy e sumiu, nunca mais pisou os pés aqui na favela.

Tava com uma insônia do caralho, então liguei meu celular e fiquei assistindo uns vídeos no Youtube até sentir meus olhos pesados. Desliguei meu celular e fechei os olhos.

[...]

Acordo atordoada com meu celular despertando. Me levantei e fui pro banheiro, tomo um banho e visto um conjunto de lingerie, uma calça e vou até o quarto do Onça. Bato na porta e escuto apenas o silêncio, abro a porta e vejo o Onça dormindo, vou até o closet dele e escolho uma camisa e me visto.

Saio do quarto dele e desço colocando a água do café na cafeteira e deixando ela no ponto. Ligo e pego uns pão de ontem pra fazer torrada.

Depois de ajeitar o café da manhã, subo pra me maquiar, passo um corretivo por conta das olheiras, uma máscara e um delineado simples. Pego minha mochila e desço.

Sento na mesa e começo a comer logo escuto passos.

Onça: Muito pilantra mesmo né, roubando minhas blusas – falou me dando um beijo na testa.

Thaís: Tudo que é seu é meu né não?

Onça: Pode pá.

Ele sentou e começou a comer comigo.

Onça: O que tu acha do GB?

Thaís: Em que sentido?

Meu cu até piscou.

Onça: Do tráfico, né Thais. Tu acha que ele é um bom vapor?

Ele foi mó filho da puta ontem comigo, mas ir na covardia difamado o nego já é trairagem.

Thaís: Eu acho que ele é de confiança. Pelo menos eu confio nele. Mas por quê?

Onça: Sei lá mano, tava querendo ele como braço direito. O Risquinho fez um monte de merda essa semana.

Ele começou a me contar o que ele tinha feito e eu dei a minha opinião sincera pra ele. Nunca confiei no Risquinho, sempre achei ele muito filho da puta.

Thaís: Faz o que tu achar melhor, boy. Tenho que ir.

Onça: Quer carona?

Thaís: Vou caminhando sozinha, quero pensar.

Onça: Tá certo, vou pedir pros segurança ficar a 3 metros de distância, tá bom pra tu? – reviro os olhos.

Thaís: Pra quê isso cara?

Onça: Pra tua proteção, são só dois vapor.

Thaís: Isso é dentro do Morro, quando vou no shopping ficam quatro vapor me circulando.

Onça: Tu vai ficar sem ir por umas duas semanas, aquieta o cu.

Thaís: Tchau.

Peguei minha mochila e saí de casa, fui descendo o Morro com meus fones de ouvido tocando poesia acústica 4.

Não gostei dessa poesia acústica 7 não. Nada a ver meu irmão, Negra Li, Mc Kevin o Chris e Mc Hariel, o próximo tem que ter Marília Mendonça então. O que salvou foi o Matuê, DK e Vitão.

Alma de Pipa (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora