Capítulo 7

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Karina

Tomei um banho e usei um sabonete líquido que tinha lá muito cheiroso. Me enxuguei e saí de lá vendo uma roupa em cima da cama e um conjunto de calcinha e sutiã.

Peguei a calcinha e tava com uma etiqueta, era nova. Vesti a calcinha e o sutiã que tinha detalhes de renda e botei a roupa, um short jeans desfiadinho e uma blusa preta.

O short ficou um pouco apertado mas nada do tipo impossível de respirar, amarrei o cabelo num coque frouxo e desci descalça mesmo. Vi um garoto sentando no sofá comendo um Doritos e a Thaís do lado dele mexendo no celular.

Karina: Eu vou ficar com essa lingerie. Eu amei.

Thaís: Quem não gosta de renda?

O garoto olhou pra mim e sorriu.

Xxx: E aí novinha, firmeza?

Karina: Suave.

Thaís: Esse é o Mamão, Karina.

Karina: Tu vai me levar amanhã?

Mamão: Pode pá.

Karina: De que horas?

Mamão: Pela manhã, às nove?

Karina: Pode ser. Passa lá em casa.

Mamão: Onde tu mora?

Karina: Casa 35 da rua 12.

Mamão: Eu sou muito esquecido, me manda aí o endereço pelo zap – sei bem como é o esquecimento.

Karina: Me dá teu celular.

Anotei meu número e salvei, entrei no zap e mandei um oi pra mim.

Karina: Pronto, agora vou salvar aqui.

Mamão: Gostosa da 12? -- Falou rindo.

Karina: Sou gostosa e moro na rua 12 – falo e do uma piscadela.

Thaís: Eu vou tomar meu banho. Faz aí alguma coisa pra gente comer.

Ela falou e subiu as escadas, me levantei e fui até a cozinha abrindo geladeira e armário pra ver o que faço. Fazer uma macarronada com salsicha.

Fui preparando as coisas e senti alguém me encarando. Olhei pra trás e vi o Mamão lá. Ele sorriu pra mim e eu dei joinha. O garoto tá louco pra me pegar, vejo isso nos olhos dele. Que malícia irmão!

Karina: Vai almoçar com a gente?

Mamão: Posso não, se o patrão chegar e eu tiver aqui ele me mata.

Karina: Hum.

Mamão: Quando tu colocou piercing no septo, doeu?

Karina: Um pouco, mas eles furam tão rápido que você nem sente na hora, só depois.

Mamão: Tava querendo colocar.

Karina: Faz amanhã ué.

Mamão: Sei não em. Vou voltar pra lá.

Ele veio pra perto de mim e me deu um abraço, passando a mãozinha boba pela minha bunda. Eu que também não sou besta, aproveitei passando os braço pela cintura dele e inalando seu perfume. Saí dos seus braços e voltei a fazer a comida normalmente.

Escutei seu passos saindo pela cozinha e olhei pra trás.

Karina: Gostoso.

[...]

Alma de Pipa (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora