Capítulo 41

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Karina

Acordo assustada, achando que dormi demais. Mas assim que abro os olhos e vejo aquele braço coberto de tatuagens me segurando, lembro de ontem. Foda boa a gente nunca esquece e dessa eu vou fazer questão de lembrar.

Ele segurava minha cintura com o braço esquerdo e sua mão direita segurava meu seio. Me remexi, fazendo ele me soltar. Levantei, ficando sentada e prendi o cabelo num coque alto. Fui para o banheiro e tomei um banho rápido. Escovei os dentes com a escova que achei ali e quando eu saí, ele ainda dormia.

Me sequei e vesti a roupa de ontem que saí do morro. Um short jeans desfiado e um blusão masculino. Penteei o cabelo, prendendo num rabo de cavalo alto e calcei minha havaianas.

Me sentei na cama, observando seu lindo rostinho amassado, junto com seu cabelo bagunçado. Alisei as costas dele, mas ele não abriu os olhos.

Karina: Dá até raiva saber que existe uma peste tão perfeita como você.

Assim que terminei de falar, ele sorriu abrindo os olhos. Arregalei os meus, ficando sem reação.

Karina: Tu tava acordado?

ST: Desde que você levantou.

Karina: Gente, que medo.

ST: Tenho sono leve.

Ele olhou no fundo dos meus olhos e eu me desconcertei, dizendo a primeira coisa que me fez sentido.

Karina: Bom dia.

ST: Bom dia. Dormiu bem?

Karina: A cama é maravilhosa.

ST: É? Não presto atenção nisso.

Karina: Típico dos homens.

ST: Tu já vai?

Karina: Tenho que ir.

ST: Quer que eu te leve?

Karina: Não precisa. Vou pegar um táxi.

ST: Quer que eu te pague um uber?

Karina: É sério, não precisa. Muito obrigada.

ST: Então tá.

Ele se levanta e vai no banheiro, continuo sentada, pensando que desculpa eu vou dar quando colocar os pés na Rocinha. O Iury deve tá louco atrás de mim.

ST saiu do banheiro com uma toalha na cintura e eu mordi os lábios ao ver aquela deliciosidade. E a água escorrendo pelo peito dele era uma visão totalmente excitante.

Desviei o olhar quando ele tirou a toalha para se vestir. Não quero atacá-lo. Falando em ataque, me dirijo até o espelho e vejo meu pescoço marcado. Vou em direção à minha mochila e pego corretivo e pó compacto.

Depois de cobrir tudo direitinho, percebi que ele estava me encarando.

Karina: Que foi?

ST: Nada.

Karina: Ainda dá pra ver a marca?

ST: Não, tu cobriu o bagulho legal.

Sorri pra ele e guardei todas as minhas coisas.

Karina: Foi um prazer te conhecer ST.

ST: O prazer foi nosso – deu um sorrisinho safado me fazendo acompanhá-lo.

Karina: Espero que a gente se trombe lá na frente.

ST: Quando isso acontecer, eu espero que já esteja solteira.

Alma de Pipa (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora