Capítulo 38

1.2K 68 27
                                    

Karina

Acordei com meu celular despertando, o desliguei rapidamente para não acordar o Iury e levantei. Fiz minhas higienes matinais, tomando um banho. Vesti minha roupa sem fazer o mínimo barulho e desci.

Coloquei água na cafeteira e ajeitei pra fazer um cafezinho. Eu, maravilhosa, de calça social, blusa social e nos pés minha havaiana. Prendi o cabelo num rabo de cavalo alto e fui até a padaria. Comprei pão e queijo. Assim que cheguei em casa fui ver a cafeteira. Coloquei o café na garrafa e sentei pra comer.

Assim que terminei de comer, subi pra arrumar minha mochila. Eu colocava uma nécessaire de maquiagem, outra com produtos de higiene como absorvente e lenços umedecidos, até porque nunca se sabe quando a menstru vai dar as caras. Também colocava alguma merenda, garrafinha de água e álcool gel (Autora: Corouna vairus kkkkk, não resisti.).

Coloquei uma scarpin salto 10 e peguei fones e carregador, guardando na mochila. Me sentei de frente à minha penteadeira cheia de makes e fiz uma basiquinha. Não podia chegar no trabalho parecendo que eu tava numa festa, então preenchi a sobrancelha, colei um cílios postiços e passei um batom matte rosinha. Penteei o cabelo, fazendo uma rabo de cavalo baixo e coloquei um brinco de argola pequeno. A dona da loja, Renata, não proibia que usássemos piercing, porque até ela tinha, mas eu gostava de ir apenas com o do septo. Coloco um dourado pra dar aquele ar de luxo e sento na cama. Aliso o Iury e ele se mexe um pouco.

Karina: Amor?

Onça: Hum?

Karina: Tô indo trabalhar.

Onça: Que horas são? – falou sentando-se e passando a mão no rosto.

Karina: 7h46.

Onça: Eu vou levantar também. Quer que eu te leve?

Karina: Não precisa, acho que o Frajola vai me levar.

Onça: Eu vou pra boca.

Karina: Tá. Tem café feito, o pão tá em cima da mesa e o queijo na geladeira. Tchau.

Dei um beijo nele e ele acariciou minha cintura.

Onça: Tá linda demais.

Karina: Eu sei – sorrio convencida.

Peguei minha mochila e fui direto pra garagem. Saí cumprimentado os vapores que estavam trocando de turno e fiquei esperando o Frajola.

Junin: A coisa tá diferente e ao mesmo tempo tá igual. Olha a Karina de havaiana e ao mesmo tempo social.

Karina: Já que chamou na rima, eu vou ter que citar, aqui é: "corpo de patrícia e mente da quebrada", igual disse Tribo da Periferia, piá.

Lukinhas: A Karina é notável, a Karina é sagaz. Coitado do mano Onça, essa gasta grana mais que o satanás.

Karina: Que é assim ó, não é ele que me banca e muito menos vocês, quem paga essa porra sou eu e tô me fudendo pro chinês.

Junin: Que chinês maluca?

Karina: Foi no improviso, porra.

Lukinhas: E aí? Cadê o filho da puta do Frajola.

Junin: Deve tá dando o cu.

Frajola: Quem tá dando o cu, Junin? – chegou na hora, escutando o que ele tinha falado.

Junin: A gente tava rimando, pô. Suave? – disfarçou.

Alma de Pipa (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora