GATILHO PARA AGRESSÕES FÍSICAS
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Karina
Você está vivendo ou apenas existindo?
Já viram essa frase por aí? Eu já e me pergunto isso todos os dias. Cheguei à conclusão que estou apenas existindo, o que é muito ruim. Pensei que depois daquele dia da minha discussão com o Iury, eu conseguiria fazê-lo mudar de ideia.
Tentei de tudo. Não lavei as roupas dele e quando decidi lavar, manchei algumas roupas de marca. Não fiz comida, não arrumei o quarto dele. Porque agora eu durmo no quarto de hóspedes e ele dorme no que era nosso. Em compensação, não posso mais sair do morro. A não ser pra ir trabalhar e agora sou acompanhada por quatro seres.
Estou começando a achar que a decisão que eu tomei foi ruim. Mas foda-se. Agora não dá mais pra voltar atrás.
Aliás, hoje fazem 10 dias que me sinto uma prisioneira. Plena quinta-feira, já tô mortinha do trabalho. O ruim é saber que na sexta à noite quando eu chegar do trabalho não vou poder sair por aí. Na maioria das vezes, a Lohanny vem aqui pra fazermos uma noite das meninas. Que nesse caso são só eu e a Lôh, porque a Thaís anda nos evitando.
Assim que cheguei em casa, tomei um banho e decidi comer uma pizza. Me arrumei e chamei os meninos pra irem comigo, que não são mais o Lukinhas e o Junin. O Onça fez questão de colocar outros dois seguranças, então eles ficam trocando turno.
Karina: Vocês vão querer?
Galo: Valeu patroa, tamo suave.
Revirei os olhos e pedi uma metade quatro queijos e a outra metade calabresa. Pedi também um guaraná de um litro. Comi sozinha, plena, depois paguei a conta e saí.
Comecei a andar normalmente, seguindo meu trajeto de volta pra casa.
Galo: Vamo cortar caminho por aqui, patroa.
Falou entrando num beco, segui ele, sentindo o Dentinho atrás de mim. Depois de entrarmos em becos cada um pior que o outro, o Galo parou.
Galo: Desculpa, patroa.
Karina: O que você vai fazer?
Senti o Dentinho segurando meus braços e quando abri a boca pra gritar, encostaram um pano no meu nariz. De repente, me senti leve, como se eu estivesse flutuando. Em seguida minha visão escureceu.
[...]
Acordo num lugar estranho. Viro de um lado pro outro e percebo que estou deitada num colchão fino. Sento, vendo que estou num lugar sujo e, aparentemente, abandonado.
Xxx: E aí, colega. Tá confortável? – daí eu noto que tinha outras pessoas ali.
Karina: Onde eu tô?
Xxx: Isso não interessa.
Karina: Meu marido deve tá me procurando.
Xxx3: Eu acho que não, querida – ouvi uma voz bem familiar.
Xxx2: O Onça mandou lembranças.
Xxx: Teu marido sabe onde tu tá.
Karina: Quem são vocês?
Todas as 3 usavam capuz preto. E eu não conseguia conhecê-las apenas pelo corpo.
Xxx: Tu num precisa saber quem é nóis, não.
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Alma de Pipa (CONCLUÍDO)
Teen Fiction+16 🚫🚫 No que você acredita? Era amor ou ilusão? Karina é o tipo de pessoa que não tem medo de se arriscar, ela prefere se apaixonar e depois sofrer do que não nutrir sentimentos. Ela é uma pessoa que tem carência de atenção e afeto, já que sua ti...