Capítulo 18

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André

Abro meus olhos e vejo um braço, me levanto devagar e Augusto está dormindo. Sorrio sozinho, meu amigo realmente ficou aqui. Ele realmente ficou.

No chão, o Félix está deitado e me lembro das palavras dele antes deu voltar a adormecer de noite. Pois é, ele também está aqui. No fim, não foi tão ruim como eu pensava. Ambos meus amigos ficaram.

Saio da cama em silêncio e vou até a janela do meu quarto, o dia ainda está começando. Ou seja, não dormir tanto quanto imaginava. Sorte que as aulas da manhã foram canceladas devido ao evento de ontem.

O sol começa a nascer e eu pego o meu celular que ficou na mesa do computador. Ao clicar vejo que tem uma mensagem, é do Paulo querendo saber se tudo estava bem. Respondo dizendo que sim, e logo ele responde perguntando se podíamos nos encontrar.

Sorte que ele não pode vê meu sorriso bobo, porque sei que estou com ele. Digito que podemos sim, e ele me passa o endereço de uma livraria, e eu acho bem interessante. Além de lindo, ele deve gostar de ler.

_ Bom dia, e esse sorriso logo cedo hein? É o príncipe encantado de ontem? Aliás, é o garoto que a Yasmin disse que estava com ela não é? - Diz Augusto ainda sonolento.

_ É ele sim, e sem essa história de príncipe, porque não sou uma princesa.

_ Uai, quem disse que você é? Vocês são dois príncipes então. Só falta casarem e me chamarem para padrinho. - diz em tom de piada.

_ Opa, o padrinho vai ser eu! - diz Félix.

Nossa, nem o vi acordar.

_ Vocês estão muito animados hein! Calma, a gente se beijou ontem e ambos já estão pensando em quem vai ser o padrinho do meu casamento? Aiai.

Os dois caem na risada, mas me sinto bem com isso. Ontem, quando acordei não imaginava que uma cena dessas um dia ia acontecer e nunca tão rápido.

_ Opa, então já teve beijo? E mão boba? Oral já? - Félix diz. E eu quero morrer.

Augusto apenas ri sem parar da situação. Okay, eu tenho os amigos mais doidos da face da Terra.

_ "AINDA" não. Mas pretendo. Vai que ele é dotado. - solto entrando na onda.

E eles riem mais. Eu realmente tenho que encarar o mundo? Não posso ficar ali com eles não? Chamar o Paulo e a Yasmin, e pronto. Viver naquele quarto para sempre.

_ Augusto vai vestir uma bermuda e vamos tomar um café. Eu ainda não acredito que a noite passada finalmente aconteceu e que também acabou. - digo.

_ Aí, já vai começar com isso? Já me viu tanto de cueca e fica com essa agora?

_ Augusto, a questão não é essa não. Eu realmente já vi você até pelado, então não tem nada aí que não conheça. Mas assim, não sei se meus pais estão em casa ou se já saíram. E minha mãe não tem costume de ter um garoto de cueca na mesa do café. E relaxa, você não faz meu tipo.

Félix gargalha muito, e me viro para ele.

_ E nem você, caro amigo.

É a vez do Augusto rir. E tudo isso é tão bom. Augusto se levanta e vem na minha direção, ele olha para Félix que também se levanta. Quando percebo ambos estão me dando um abração e perto deles eu sumo totalmente.

_ Quer dizer que nenhum de nós faz seu tipo, mas tenho certeza que aquele moreno faz você delirar né? - diz Félix.

_ Idiotas, vão andam, não estou afim de ficar nesse meio de vocês não. Se querem se pegar okay, mas me tirem dessas. - digo saindo deles.

Duas Metades (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora