Capítulo 42

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André

Estamos a sós. Fecho a porta e olho diretamente para Paulo que está sentado na cama. Ele parece tão diferente do garoto que conheci. Mas isso não muda nada.

Olhar para ele é sentir meu coração batendo mais forte. É ter a certeza que eu encontrei quem eu tanto procurava. Aqueles olhos escuros é o local onde mais vejo luz.

Me aproximo dele e o toco. Nossas mãos se unem e eu sinto me completo.

_ Paulo, que bom que você apareceu em minha vida.

_ Eu que digo isso, sabe André, eu já tinha desistido do amor. E foi aí, que você apareceu. Quando você entrou naquela sala e eu vi esses seus olhos e esse seu cabelo todo encaracolado, eu tive a certeza que estava vendo um anjo. Um anjo que mudou minha vida. Um anjo que eu não consigo me vê mais sem.

Ah Paulo e seu dom de falar coisas tão lindas. Nos salvamos então.

_ Nos salvamos então Paulo. Somos duas metades que se encontraram. Ambas estavam perdidas e feridas. Mas ao nos encontrarmos tudo mudou. Eu me sinto completo. Eu me sinto vivo. Eu me sinto pronto para enfrentar qualquer coisa que apareça.

_ E eu, André, me sinto igual. Sinto que poderia fazer qualquer coisa quando estou ao seu lado. Parece que a vida até te encontrar não tinha sentido. Mas foi te olhar, e depois aquele primeiro beijo nosso. E tudo mudou. Meu anjo, eu só quero está contigo. Eu quero que daqui 10 anos estejamos juntos.

E é o que eu também quero, mas algo me diz que ainda é impossível. Giovani está à solta e meu pai ainda não me aceita. Tanta coisa que pode impedir o nosso final feliz. Mas quero acreditar que mesmo assim, as coisas vão se acertar.

_ Um beijo pelo seu pensamento, meu anjo. - diz Paulo.

Balanço a cabeça e sorrio para ele. Aí onde ele estava a minha vida toda?

_ Estava pensando se eu vou precisar pedir um beijo seu. Ou vai me dar sem eu pedir. - digo.

_ Isso não precisa pedir não. Se quer tanto só vim aqui.

Eu me aproximo dos seus lábios e começamos a nos beijar. A vida ainda está confusa, mas quando beijo Paulo eu sinto que tudo pode dar certo. O toque dele em meu rosto é doce, é delicado e ao mesmo tempo intenso.

Um barulho nos interrompe e começamos a rir.

_ Eu acho que o Félix ainda está acordado. - digo.

_ E pelo visto bem animado.

_ E a gente, bem que podia animar também. - digo e puxo ele para mais um beijo.

Ele retribui e nos deitamos na cama. Paulo fica em cima de mim e o beijo continua só que agora mais intenso, com mais desejo. Retribuo na mesa intensidade enquanto minhas mãos passeiam pelas suas costas. Aos poucos, as coloco dentro da blusa dele. E sinto sua rigidez tomando conta da região da sua calça. Essa sensação que provoco nele me deixa mais excitado ainda.

_ André, que fogo! Assim a gente vai acordar a casa toda. - diz Paulo.

_ Eu acho que ninguém irá dormir hoje mesmo.

Paulo começa a descer me beijando. Ele para em meu pescoço e eu deliro. Enquanto mantém beijando meu pescoço, ele desce suas mãos e a colocam dentro da minha calça e aperta a minha ereção.

_ PAULO! - grito!

_ Uai, você disse que ninguém iria dormir hoje. Então, vamos aproveitar.

Paulo continua me apertando e me tocando. E sei que se ele continuar assim por mais tempo, minha noite vai acabar muito rápido e eu não quero isso.

Duas Metades (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora