Duas Metades (Romance Gay)

Capítulo 28

André

Eu ainda não acredito que aconteceu. A minha primeira vez, como já tinha sonhado com ela. E ela foi tão perfeita. Tão mágica.

Deitado ao lado do Paulo que está adormecido. É como um sonho. Aquela hora foi como um paraíso que sempre sonhei. O toque dele, o cheiro dele, seu corpo em mim. Nunca tinha sentido algo assim. E foi mágico.

Levanto quieto para não o acordar. Saio da cama e visto a cueca. Acho que se eu pudesse ficaria ali naquele quarto todos os dias da minha vida.

Pego o celular e vejo que tem mensagem do Augusto dizendo que ainda está na livraria. Estranho, mas acho que o motivo disso é a amiga do Paulo.

Além da mensagem dele tem mais uma. Uma que eu não faço ideia de quem seja. Clico nela. E o teor dela me espanta.

Você deve ter curtido ver a puta da sua amiga descendo a mão na Dani, mas pode ter a certeza que o que farei com você será mil vezes pior. Será que você ainda é virgem? Vou adorar terminar o que quis começar quando éramos novos."

Termino de ler a mensagem e a apago. Se eu mostrar isso para os meninos será pior. O Augusto e o Félix já estão hiper protetores e não vou deixar que o Giovani afete mais a minha vida.

Apago a mensagem e volto para a cama.

_ Nossa, eu apaguei aqui. Não era para ter dormido. Mas, você me cansou, André. - Diz Paulo ainda sonolento.

_ Você também acabou comigo. Mas foi incrível, você me deu a melhor primeira vez que alguém podia ter.

_ Fico feliz, mas precisamos ir agora. A Jessica vai me encher de perguntas já. Pela demora, ela já deve ter noção do que aconteceu.

_ Temos que ir mesmo?

Deito em cima dele de novo e o beijo.

_ André, se você continuar assim, vamos ficar aqui mais um bom tempo. - diz Paulo.

Eu desço minhas mãos até sua rigidez já firme.

_ Vamos mais uma vez. Será que você aguenta? - pergunto o provocando.

Paulo passa as mãos pela minha cueca e a retira.

_ Você não deveria ter provocado. - ele diz e me segura firme.

O beijo e ele retribui, e se a primeira vez foi incrível a segunda está sendo mais intensa. Mais quente.

Sinto quando ele se vira e coloca outra camisinha, sem parar de me encarar. Quando termina de colocar, ele me puxa e em segundos está em mim. Ele está mais intenso, mais forte e eu estou gostando. Meu corpo delira e pede por ele.

Arfo um pouco pois ele está mais intenso que antes e Paulo para.

_ Desculpa, me empolguei.

_ Continua, só continua.

É a única coisa que eu quero que ele faça. Quando estou com ele tudo parece ser mais simples, mais intenso mais brilhante.

Pulo nele que me segura com suas mãos firmes. Sinto que não vou me aguentar mais. Ele sabe o que está fazendo e ao me encarar ele está sorrindo de uma forma safada.

_ Vamos juntos okay? Quero sentir tudo com você. - diz Paulo entre uma respiração e outra.

Concordo e começo a controlar o ritmo e juntos chegamos. Meu corpo treme e sinto o dele também. É algo que nunca senti. Mas que está me fazendo bem.

Me deito em cima dele e ali ficamos mais uns instantes. Aquele corpo, aquele abraço, aquele garoto que me fez ficar tão bem. Mesmo que tudo a minha volta esteja desmoronando, mesmo que eu não saiba mais o que fazer. Está com o Paulo me faz tão bem. Me sinto tão protegido.

O celular toca e eu gelo. E se for outra mensagem do Giovani. E se não for?

Estico meu braço pelo peito do Paulo e pego e lá está outra mensagem de um número que não conheço.

Espero que esteja aproveitando muito seu amigo Félix. Imagina se algo acontecer com ele, quem sabe um tiro. Ou com a Yasmin, já pensou se ela fosse violentada e depois jogada na rua dopada? E o Augusto ele é tão herói né? Imagina ele sofrer um acidente do nada, cair da janela do prédio? Tudo tão fácil. Você verá todos os seus amigos sofreram porque você não tem coragem de me enfrentar. E por fim, o último que sofrera é esse seu macho aí. Que péssima escolha aliás. Ele verá você sendo bem deflorado.

Jogo o telefone no chão. Que merda. O Giovani não vai me dar sossego mesmo. Ele ameaçou todos os meus amigos.

Paulo se abaixa e pega o celular. Ele ler a mensagem e me olha.

_ André, você precisa mostrar isso para todos e até mesmo para a o polícia. Isso é uma ameaça. Esse ser é um psicopata!

Claro que ele ia falar isso. E não está errado, mas eu iria fazer o que? É um número que com toda a certeza é de um celular descartável. Então, não adiantará nada.

_ Eu não vou Paulo. Primeiro porque ele com toda a certeza usa um número de telefone descartável. E segundo eu não vou contar aos meninos. Eles já estão preocupados demais. Simplesmente vou apagar isso, o Giovani não teria essa coragem. Assassinato? Ele só está querendo fazer a minha vida ser um inferno. Mas ele não vai conseguir mais.

Paulo me olha, sei que ele não deve ter gostado da atitude que vou tomar. Mas realmente não quero me privar de mais nada por conta do Giovani.

_ Okay, mas então toma mais cuidado. Por favor! Esse ser é um louco e se ele tocar em você, eu mesmo o matarei.

Paulo, nu me dizendo isso é a coisa mais incrível que eu podia querer.

Dou um beijo nele e prometo que vou ter cuidado.

_ Amor, deixa eu te perguntar. Eu sei que não faz quase nada que nos conhecemos, mas como está tudo rápido, gostaria de te pedir uma coisa. - Paulo diz enquanto estou deitado em seu peito.

_ O que você gostaria? Se for um terceiro tempo, eu não dou conta não. - digo.

Ele rir.

_ Claro que não, eu até aguentaria mais uma. Mas, realmente precisamos tomar um banho e irmos para a livraria. A Jessica é um amor, mas não posso ficar o dia todo aqui, por mais que eu queira. O que eu quero te pedir é, você quer namorar comigo?

Ouço aquela frase e ainda parece um sonho. Eu fui pedido em namoro pelo garoto mais fofo é incrível do universo.

Me levanto. E o olho nos olhos. Aqueles olhos negros que me invadem e que eu sei que está vendo a minha alma inteira. O Paulo me ver por completo. Realmente não faz quase nada que nos conhecemos mas ele é alguém que eu só quero estar.

_ E ainda pergunta, você foi o meu primeiro beijo, a minha primeira e segunda vez. E por mim será todas as outras vezes. É com você que eu quero está. É com você que eu quero terminar. Então sim, sí, yes, e em quantas línguas forem necessárias. Eu sou seu.

O beijo em seguida e sou correspondido.

_ Eu acho que teremos um terceiro tempo né? - digo entre os beijos.

Ele sorrir e morde meu lábio e ali nos braços dele eu me entrego novamente. Somos como Duas Metades que finalmente se encontraram.