sonho ou realidade?

1.5K 58 6
                                    

   Acho que Lori se perdeu no meio do caminho, porque ela sumiu! Ela havia saído há quinze minutos e nada de voltar com a enfermeira. Até que Aud decidiu ir lá. Dez minutos depois, ela voltou com Ivy, a enfermeira, e ainda nada da Lori. Ela colocou uma compressa de gelo no meu ombro esquerdo e meu frio aumentava. Ao chegar na enfermaria, Ivy me deitou na maca e me cobriu. Permaneci com a compressa de gelo no ombro. Eu tremia tanto. Ivy me deu um remédio para passar a dor e logo adormeci.

  Aproximadamente, meia hora depois, acordei e vi que Ed estava sentado em um sofá perto da maca. Ele se levantou assim que abri os olhos e tirou a compressa de gelo do meu ombro.

“Dormi muito?” –Perguntei, ainda com uma voz de sono.

Ed negou com a cabeça.

“Lori?”- Ele perguntou.

Assenti com a cabeça.

“Não pareceu acidente.” -Eu disse, me sentando.

“Nada vindo da Lori é acidente.”- Ele disse.

  A enfermeira informou que não ocorreu nada grave e apenas foi uma pancada que irá ficar dolorida por uns dias. Para evitar mais problemas, ela imobilizou o meu braço esquerdo com uma tipoia e disse para eu usar até antes de ir dormir. Desci da maca, com a ajuda do Ed e fomos caminhando para fora do prédio. Permaneci com o uniforme de hóquei, o que só fazia com que meu frio aumentasse, afinal, era uma camisa regata com listras verticais azul e amarela e um short-saia no mesmo tom de azul escuro da blusa. Tinha a opção casaco, mas Lori ainda não me deu um e não podia jogar com ele. Enquanto andávamos até o vestiário para pegar minhas coisas, encontramos Ethan, que correu na minha direção parecendo preocupado.

“O que aconteceu com seu ombro?”- Ele perguntou.

“Ela caiu!”- Disse Ed.- “Vamos!” - Ele completou, me puxando.

“Espera!”- Ethan disse para Ed. –“Você está bem?”- Me perguntou.

“Estou sim!”- Respondi.

Ed continuou me puxando até o vestiário e mal falei com Ethan, que não nos seguiu.

“Por que trata o Ethan assim? Não eram amigos?” - Perguntei.

“E ainda somos! Só quero ir logo para casa! Vá pegar suas coisas.” - Ele disse.

Fiquei olhando para Ed por um tempo e logo em seguida caminhei até o vestiário. Bem trancadas em um armário, estava tudo a salvo. Peguei toda minha roupa e bolsa e sai de encontro ao Ed. Ele pegou a minha bolsa e a carregou em seu ombro esquerdo, enquanto levava seu violão no ombro direito.

“Yolanda!”- Uma menina gritou.

Era Aud, que vinha correndo em minha direção.

“Toma! Soube que estava faltando essa parte do seu uniforme!” Ela disse, me entregando o casaco.

“Nossa! Muito obrigada! Estava precisando disso agora!” Eu disse, pegando ele.

O frio não passou tanto com ele, pois minhas pernas ainda estavam de fora, mas deu uma melhora considerável. Eles já são acostumados com esse frio e nem reclamavam. No Rio, 20 graus já era frio.

Dessa vez, Mary quem foi buscar a gente. A enfermeira havia telefonado para ela e informado tudo o que ocorreu e que eu estava bem. Eu precisava da liberação de Mary, pois eu estava em horário de treino. Ao invés de jantarmos em casa, fomos no novo restaurante The Angel. Ficamos lá por duas horas. Ed e Mary comeram até a sobremesa, um pudim de leite. Apenas comi meu macarrão com molho branco.

Folhas de OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora