Capítulo 33

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   Ouço o som das mensagens chegando no meu e-mail. Eu devo estar sonhando, ainda deitada na cama de olhos fechados quase não querendo abri-los. Tiro o travesseiro e o coloco em cima da cabeça, mas é impossível não ouvir o toque das mensagens. Declan me cutuca várias vezes para que eu me levante e por fim, resolvo levantar abrindo os olhos.

   Desvio o olhar para Declan que dorme feito uma pedra de bruços na cama e então, balanço a cabeça esfregando os olhos e pego o notebook. Abro meu e-mail e há algumas mensagens do orfanato, onde a irmã mais velha, deseja conversar comigo sobre a minha irmã mais velha.

   O sono passa em um piscar de olhos e eu ponho as mãos na boca ainda confusa por não entender nada. 

   Antes, ela me ajudou, mas não era nenhuma daquelas garotas que foram me ver. E agora, ela quer conversar comigo? Dize por aí, que a esperança, é a última que morre. E eu não desisti de procurar a minha irmãzinha. — Penso, em silêncio deixando o notebook sob a cama.

   Me levanto da cama e caminho até o banheiro sem nenhuma peça de roupa. Já que Declan me deixou da forma como vim ao mundo e pediu para que eu não me vestisse. Ainda fico me perguntando, porque eu o obedeço?

   Deixo a água escorrer pelo meu corpo e me arrepio ao sentir as mãos de Declan, acariciando minha barriga. Inclino a cabeça olhando para o teto do banheiro e ele me beija no pescoço como se não houvesse fim. 

— Posso saber porque saiu da cama cedo? — Declan pergunta, mordiscando o lobulo da minha orelha.

   Sorrio inquieta e me viro, olhando em seus olhos.

— Às vezes você fala como se me desse ordens. — Digo, mudando de assunto.

   Ele afasta a madeixa do meu cabelo já molhada atrás da orelha e ergue as sobrancelhas sorrindo, analisando meus lábios.

 — Talvez porque eu sinto que já estamos casados. E só estou apenas cuidando do que é meu. - Declan responde, massageando meu lábio com o polegar direito.

   Meus olhos estão vidrados nos seus e ele me traz calma e conforto dentro de mim. Algo que nunca senti por nenhum outro homem. Declan foi o primeiro homem e será  último com quem eu me deitará.

— Não vejo a hora de me tornar sua esposa, Declan Harp! Ser eternamente sua, meu amor! — Exclamo, apenas e sorrio lhe dando um beijo na boca.

   Depois um banho gostoso e relaxante ao lado de Declan, nós dois nos arrumávamos para sair. Ele não poderá ir ao orfanato comigo, já que irá resolver alguns assuntos pendentes, mas ficará de me buscar mais tarde. E então, Lupita me fará companhia. Não sei qual será minha reação, caso eu saiba de alguma notícia da minha irmã. De todo jeito, preciso ser forte.

   Lupita encosta o carro perto da calçada e estaciona. Mantenho os olhos fixados na minha frente, não querendo olhar para o lado, já que eu estava sendo observada segundo depois de chegar. 

   Tiro os óculos e olho para Lupita que aperta minha mão, com a esperança de que tudo dará certo. Eu sinto algo dentro de mim, que palpita feito pressão em batimentos acelerados. Algo dentro de mim, diz que hoje, eu estarei frente a frente com a minha irmã.

— Está na hora, Diana! Confie em Deus. E tudo vai dar certo! — Lupita exclama, abrindo um lindo sorriso no rosto me trazendo confiança.

   Por mais que eu esteja nervosa, não demonstro tanta emoção. Mesmo que eu queira gritar por dentro. Sair correndo pelo orfanato, a procura da pessoa que sabe onde a minha irmã possa estar, eu me sinto segura e mantenho a calma.

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