Capítulo 20

816 43 15
                                        

Declan

   Preparei o almoço de Diana com um prato saboroso e um suco de laranja e ao lado, uma rosa-branca. Subo as escadas sem pressa e sigo o corredor indo para seu quarto. Não sei porque ela agiu daquela forma estranha comigo, mas tudo bem. Eu a desculpo. Talvez, esteja passando por uma daquelas crises de TPM. 

   "Mulheres é como um livro aberto. Por mais que queremos entendê-las, são fáceis de nos enganar. Só para termos o gostinho de estudá-las mais um pouco."

   Me aproximo da porta e a abro segurando a bandeja na mão esquerda. Vejo a loira da sacada do quarto e então vou de encontro a ela. Abro a janela e ela se vira me olhando nos olhos. Ponho a bandeja sob a mesa branca e ela se aproxima. Sorrio ao vê-la e a analiso dos pés a cabeça onde usa um shortinho jeans coladinho e uma blusa fininha amarela. Meu queixo cai ao ver Diana usando essas roupas provocantes. Meu pau vibra por dentro da calça, mas me controlo para não acordá-lo. Afinal, não quero que ela tenha um ataque de surto ao ver meu amigo completamente em pé.

— Declan? O que é isso? — Ela pergunta, cruzando os braços e franze o cenho.

— Como você não desceu para almoçar, eu vim trazer pra você. Espero que goste. — Digo, apenas sorrindo.

   Diana revira os olhos e dá de ombros passando por mim.

— Sério? Não precisa se incomodar, Declan! Não estou com fome. — Diana retruca, entrando para o quarto.

   A frieza dela como fala comigo, me faz pensar o que eu fiz de errado. Juro que nunca me senti assim, mas Diana é a primeira mulher fazer com que eu me sinta um lixo.

— Espera! Vem cá, Diana! Olha, eu preparei do bom e do melhor e você me diz que não está com fome? Qual é? — Questiono, meio irritado, mas sem alterar a voz.

   Diana se vira e novamente se aproxima deixando os braços soltos e quebra o silêncio.

— Eu já disse, não estou com fome! Depois eu preparo algo pra comer. — Ela diz, erguendo as sobrancelhas.

   Eu a fuzilo com os olhos e fico possesso de raiva. Cerro os punhos e rosno baixinho sem tirar meus olhos dela, quando desfaço toda a bandeja em um só soco, fazendo com que a comida se esparramasse no chão, levando junto os cacos de vidro do que já foi um copo e a rosa em meio ao suco de laranja derramado.

   Diana se assusta arregalando os olhos e põe as mãos na boca com medo.

— De-Declan? Q-que isso? Por favor! — Ela acrescenta, com a voz embargada.

— Você me faz ser um homem bom. Me pede para eu respeitá-la. E eu ainda trouxe almoço pra você, coisa que eu nunca fiz para nenhuma outra mulher. E é assim que você me trata? Como se eu fosse um cachorro? — Rosno, irritado apontando o dedo para ela.

— Como assim, Declan? E-eu nunca disse que você era um homem... — Eu a interrompo, a intimidando mais ainda.

— Você me paga, Diana Kyllen! Porque a partir de hoje, eu não serei mais essa pessoa boa que você achava que ainda poderia ter salvação! — Exclamo, dando de ombros e passo pela janela saindo do quarto.

   Desço as escadas em passos apressados e me aproximo do criado, abrindo a gaveta e tiro de dentro as chaves do carro. Ando em direção a porta principal e abro com raiva e depois a bato com uma pancada. Sigo em direção ao carro e adentro acelerando o Dodge Charger com a ideia na cabeça de procurar uma pessoa, que vai fazer com que a minha raiva passe.

   Horas mais tarde depois de rondar por toda cidade caçando como predador as minhas presas, encosto o carro em uma rua com pouco movimento para não levantar suspeitas e desço do veículo trancando o mesmo. Ajeito a jaqueta de couro e tiro de dentro do bolso, a lista dos caras que faltam para eu matar. Viscky Swenney, é o próximo a experimentar o gostinho do meu veneno insano, depois de executar cinco dos homens da lista de Karl, já sinto minha paciência reinar outra vez.

Tarde DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora