Capítulo 01

2.7K 148 16
                                    

Atualmente... 

Diana

   Após a formatura do terceiro ano, em alguns instantes aconteceriam o almoço dos formandos junto com os pais, professores, diretor e com a coordenadora do colégio Santa Maria. Nada melhor que trocar de roupa e fugir com o velho grupo de amigos desde o jardim de infância.  

   O shortinho jeans lavado explorava minhas pernas sentindo a pele branca e macia apalpando levemente meu bumbum. A blusa branca deixava meus seios quase saltando para fora fazendo aquele belo movimento sexy de seios volumosos e as botas de cano curto. Ah! Com certeza não vivo sem, ainda mais aquelas de cor preta com salto grosso e uma jaqueta de couro preta.

   Vicky se aproximava em passos apressados desesperados. Me viro olhando em seus olhos e quebro o silêncio.

— E então? Vai rolar? — Questiono, mascando um chiclete.

— Eles estão lá de fora nos esperando. Cada um em suas motos. — Vicky fala, dando uma piscadela.

   Sorrio voltando a olhar para o espelho dando a última analisada no visual e finalizo o look passando o batom vinho que realça meus lábios. 

   Aproveitamos à deixa e saímos correndo com cuidado para que ninguém pudessem nos ver. Descemos os degraus em total desespero sorrindo e nervosas ao mesmo tempo, indo ao encontro de Sebastian e Kalel que nos esperavam ao lado de suas motos. 

   Kalel e eu nos olhamos ao mesmo tempo, onde ele me lança um beijo no rosto e abre um sorriso em seguida ao me ver. Peguei o capacete de suas mãos e subi na garupa de sua moto enlaçando meus braços em sua cintura após me certificar de que tudo estava bem.

— Porquê não me avisou que viria me buscar? — Questiono, surpresa franzindo o cenho olhando para Kalel do retrovisor da moto. 

— Porquê eu queria vir pessoalmente te dar os parabéns por ter se formado, mocinha. — Kalel responde, sorrindo de lado.

   Pegamos a estrada sentindo o vento chicotear nossos cabelos enquanto o sol já estava se pondo para que em algumas horas já chegasse a noite. A sensação de ser livre é uma coisa inexplicável. É como se realmente fosse eu mesma. Sem a minha mãe pra me dizer o que devo fazer. Sem o meu pai me fazendo as mesmas perguntas. Apesar que o meu pai não fica mais presente como antes, mesmo que tenha vindo para a minha formatura, pelo menos nunca esqueceu dos eventos mais importantes.

   Eu só quero aproveitar cada minuto disso que estou presenciando antes mesmo dos meus pais me matarem. Só assim terei a certeza que pelo menos, fiz algo fora da lei que não está no catálogo como aqueles de receita que fica na cozinha da casa. — Subir na moto de um homem antes de me tornar maior de idade.

   Percorremos por mais alguns quilômetros eternos até avistarmos o Wolf Rock Bar, conhecido como Barra de Rocha do Lobo, um dos maiores bares de rock da Filadélfia.

   A música de Bob Dylan Knockin' on Heaven's Door começou à tocar assim que entramos pela porta principal. As pessoas levantam das cadeiras e aí eu pergunto: Como ficar parado ainda mais como uma música dessa? Até quem não dança, aprende na mesma hora.

   Pegamos uma mesa e nos sentamos. O garçom grandão de bigode estilo a roqueiro dos anos 80 se aproximava com o cardápio em sua mão direta e então quebra o silêncio.

— Identidades, por favor? — Ele pergunta, esticando o braço.

   Vicky e eu nos entreolhamos e voltamos a olhar para o garçom e entregamos nossas identidades. Ele vira um pouco a cabeça para trás e balança a mesma.

Tarde DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora