Capítulo 17

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Semanas depois...

Declan

   Deslizo levemente a escova no cano, fazendo-a girar naturalmente limpando a arma. Já que terei que usá-las quase todas. No rádio toca a música Don't Cry Guns N' Roses, a minha preferida e não tem como não ouvi-la com o volume baixo. Aumento no máximo enquanto limpo o revólver. Logo mais, a sombra perto da porta surge na forma de um corpo humano e Diana desse os degraus, segurando alguma coisa. Eu a repreendo com os olhos, pronto para dar um sermão, mas ao ver seus seios fartos se movimentando por baixo da blusa enquanto anda para minha direção, molho os lábios imaginando que eles poderiam estar à mostra nesse exato momento. O que faz, meu pau vibrar de tesão.

   Agora não, caralho! — Penso, em silêncio apenas a analisando de cima a baixo.

— Eu já não disse que não era pra você voltar mais aqui? — Pergunto, apenas mantendo a calma.

   Era difícil eu perder a paciência. Não que Diana me deixava irritado, mas toda vez que fico perto dela, eu não consigo me controlar.

— Céus! Você fala como se aqui fosse um santuário! — Ela exclama, revirando os olhos fazendo uma breve pausa desviando os olhos para o que estou fazendo agora. — Ak-55... Revólver calibre 38. Você tem uma paixão enorme por essas detonadoras.

   Como essa garota, conhece tanto de armas? Ainda mais sendo filha de um traficante que mal sabe ela, que seu pai ganha dinheiro com isso? — Penso, em silêncio intrigado e surpreso ao mesmo tempo.

— Posso saber como conhece tanto sobre armas? — Questiono, desconfiado.

   Diana analisa o Ak-47 ao meu lado direito com os olhos vidrados e ergue as sobrancelhas.

— Aprendi tudo com meu avô. — Diana responde, desviando os olhos para mim e sorri. — Diferente de você, ele caçava!

   O que tem de gata, tem de inteligente! Essa menina mexe comigo de uma forma que nem eu sei explicar. E ainda entende sobre armas, um dos meus hobbies preferidos.

— Acho que não é só eu, que saio matando por aí! — Debocho, sorrindo de lado e ergo as sobrancelhas.

— Só coelhos! — Diana afirma, erguendo apenas a sobrancelha esquerda. Ela fala como se sentisse orgulhosa por ter caçado um mero coelho da floresta. Diana se senta em uma cadeira em frente a minha e engole em seco. — A minha preferida era um rifle cbc calibre 22. Eu tinha 12 anos, quando cacei meu primeiro coelho.

— Posso ver sua alegria estampada em seu rosto. — Digo, a admirando. Diana me chama atenção, não só por ter um belo de um corpo escultural, mas pela sua maturidade. Isso me fascina. — Seus pais sabem disso?

   Diana nega balançando a cabeça de um lado para o outro e quebra o silêncio.

— Eles nem sonham, Declan! São capazes de cortarem minha cabeça e a do vovô se souberem que o vovô que me ensinou tudo sobre armas... Eu passava todas as férias de verão na casa dele e da vovó, só para aprender mais um pouco sobre armas e caça. — Ela fala, pegando em seus devaneios.

   Desvio os olhos por alguns segundos, terminando de limpar o revólver e quebro o silêncio.

— Imagino! E o que é isso que segura na mão? — Pergunto, mudando de assunto.

— Recebi um e-mail do orfanato. A secretária achou um histórico de crianças que o orfanato as recebeu 20 anos atrás. — Ela explica, calmamente me entregando o papel com as informações.

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