CAPITULO 7

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Por mais que eu esteja me mordendo de curiosidade pra saber que diabos esse homem ta fazendo aqui, o fiz correr para dentro da república, nos misturamos no meio da galera para que Carter não o achasse, ou me achasse. Certeza que ele vai querer revidar, Steven não é do tipo de pessoa que leva desaforo pra casa. O conheço bem, pelo simples fato de sermos iguais.

— Ele caiu duro feito um coco - Gwen zomba e rio alto. — O espanhol tem braços fortes. - ela o aperta. Confesso que adorei o nocaute que Zach deu nele. Nem precisou de muito esforço, só um muro fez com que ele caísse podre no chão.

— Ta, agora a pergunta que não quer calar. O que você faz aqui, Zach? Ta nos seguindo? - grito por conta da música alta e ele ri ironicamente. O olho curiosa. Não sabia, realmente o motivo dele estar ali e todas as ultimas duas vezes em que eu e Gwen saímos, ele apareceu.

— Jade, tenho mais coisa pra fazer do que ficar seguindo vocês - ele bebe sua bebida. Gwen tromba seu ombro no meu. Ele ta se achando. — Aliás, se você não sabe, essa foi minha república antes de eu me mudar. E essa festa - ele aponta — É da minha universidade. - Abro e fecho a boca, sem palavras.

Vejo de relance Gwen morder o lábio inferior e ficar toda animadinha com a informação, eu meio que já sei aonde isso vai dar. A empurro e ela cai em seus braços, gesticulo para que eles se beijem, Zach me olha intrigado e insisto, minha amiga toma atitude e o puxa. Ele fica travado de inicio mas logo se solta, tornando o desejo dos dois bem reciproco. Por algum motivo incomum eu me sinto incomodada com a cena e me afasto. Saio pra pegar mais bebida e fumar. Minha noite já está frustrante demais.

Sem vestígios de Carter me sinto segura pra sair da casa, sento em uma cadeira próxima à piscina, bebo minha bebida e acendo meu cigarrinho. Ao fundo vejo dois caras segurando uma garota e logo em seguida a joga com tudo na piscina, a menina após imergir, levanta as mãos e grita. Universitários. Sinto uma pontada de tristeza por não estar vivendo isso, por não ter um curso e nem ter força de vontade de procurar um.

Cada um tem seu próprio tempo, eu sei, só que é ruim estar "atrasada" pra si mesma, ver meus colegas do ensino médio em universidades, fazendo provas, trabalhos e eu procrastinando, bebendo, fumando e saindo. Acho ruim e não faço nada pra mudar, não tenho força de vontade e nem incentivos para isso, eu e Gwen somos totalmente acomodadas na nossa "zona de conforto". Isso se deve a nossa vida boa. Sou o tipo de jovem que meu pai tem pavor, a sem visão pro futuro. Acho que uma parte de mim do passado tinha toda uma vida pensada. Steven e eu iriamos fazer faculdade juntos, nos mudar para outra cidade e viver felizes com nosso ótimo emprego, um apartamento mobiliado e, futuramente, formar uma bela família como as das propagandas de margarina. Mas até meus planos de futuro ele jogou no vaso e deu descarga. Não tinha nem um plano b.

•••

Passo as unhas nas costas nuas de Thomas que está suado após uma transa eletrizante dentro do carro, os vidros que antes estavam límpidos, agora estão embaçados devido nossas respirações quentes e ofegantes. Ele deposita uma trilha de beijos ate meu pescoço e mordisca minha orelha, gemo e o beijo. Depois de passar horas sozinha bebendo e dançando com garotas que nunca vi na vida, acabei cedendo ao encanto de um estudante de medicina, Thomas, o futuro da cardiologia humana.

— Ago-gora tenho que ir. - gaguejo devido a excitação, minhas pernas ainda estão bambas graças a maravilha que esse homem fez. Ele me agarra e me beija ferozmente antes que eu me levantasse pra vestir minha roupa. Cato cada peça no chão do carro, procuro meu sutiã e sorrio ao achar.

— Posso pelo menos pegar seu numero? - ele pergunta enquanto eu calço meus coturnos, dou um sorriso maldoso internamente. Após terminar de me vestir, abro a porta do carro. — Jade?

O DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora