Madi Griffin

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CAPÍTULO DEZ

5 MESES DEPOIS

-Aqui está! – Disse minha mãe enquanto me entregava o que eu tanto desejava no momento. Donuts!

Quando contei sobre a gravidez para a minha mãe, ela ficou decepcionada no início, mas com o tempo foi aceitando a ideia e está me ajudando com tudo que eu preciso. Nunca estive tão feliz de ter uma médica como mãe.

-Obrigada, mãe. – Agradeci e ela fechou a porta. Voltei o meu olhar para a televisão de meu quarto onde estava passando "How I Met Your Mother". Abri a caixa amarela e peguei um donut com cobertura e granulado. Tinha três na caixa mas provavelmente comeria tudo agora. Ei, não é minha culpa! Lembra que estou comendo por dois!

Raven e Octavia iriam me visitar hoje, mas tiveram que cancelar em cima da hora. Não as culpo. Acho que estava me tornando um peso pra elas. Um fardo. Tentava enterrar essa ideia há alguns dias, mas ela sempre subia a superfície. E se fosse verdade? E se eu estivesse me tornando um incômodo pra elas? Será que estavam saindo comigo só por pena agora?

Quando me dei conta que uma lágrima já escorria pelo meu rosto, a limpei com as costas da minha mão e levei o donut a boca. Posso estar triste, mas ao menos não estou com fome, certo?

Levei a mão que havia limpado a lágrima a minha barriga.

-Ao menos você tá presa comigo e não vai me deixar, né? – Perguntei a minha barriga com um fraco sorriso no rosto. Foi aí que senti. Ai meu deus! Meu rosto se iluminou como de uma criancinha. Um chute. O bebê chutou. Meus olhos lacrimejavam de felicidade enquanto um sorriso tomava conta do meu rosto.

-Sou eu. É a mamãe. Eu estou aqui. – Disse esfregando a palma de minha mão em minha barriga. Foi preciso só um chute dele (ou dela) pra com que eu esquecesse todos os problemas do momento. – Eu estou aqui.

4 MESES DEPOIS

Estava exausta e suada. Todas as minhas forças tinham sido gastadas para empurrar o bebê para fora de meu ventre. Minha respiração estava desregulada e eu estava tão cansada. Tão cansada.

Senti alguém pegar a minha mão e abri os olhos. Octavia olhava pra mim com o maior sorriso que eu já havia visto alguém dar. Peguei todo o restante das forças que me restaram e as usei para sorrir de volta e apertar a sua mão.

Tinha escolhido Octavia como acompanhante no parto. Se fosse por mim, Raven estaria junto, porém a lei só permitia uma pessoa. A garota entendeu quando eu escolhi O por ser o mais próximo da família do bebê.

Uma figura feminina se aproximou de mim pelo outro lado da cama hospitalar e posicionou a pequena criatura que estava envolvida em uma manta em meus braços. Instantaneamente, meus olhos começaram a chorar.

-É uma menina! – alertou a moça.
Virei o meu rosto para o bebê novamente. Estava encantada com a visão dela. Como era linda. Nunca havia sorrido tanto quanto estava sorrindo agora. Minha filha. Meu deus.

-Oi, florzinha. – disse baixamente enquanto a embalava em meus braços. Não sabia dizer o que estava sentindo. Era algo novo. Algo que tomou conta do meu corpo inteiro. É como se tudo ao redor tivesse desaparecido. Tudo que existia era ela. Eu e ela.

-Ela já tem um nome? – Questionou a enfermeira. Eu havia feito uma lista mental dos possíveis nomes, mas como havia escolhido não saber o sexo do bebê, tudo era mais como um grande ponto de interrogação. Mas ao ver aquela criaturinha, é como se eu sempre soubesse.

-Madi. Essa é a Madi.

-É um lindo nome – respondeu e se afastou

-É. – suspirei a mim mesma. Passava a minha mão por toda a menininha, como se ela fosse um novo mundo qual eu precisava saber mais sobre.

Quando cheguei a sua mão, tive um dos meus dedos envolvidos pela mãozinha de minha filha. O sentimento de felicidade tomou corria através de meu corpo.

-Eu prometo que sempre vou te proteger e te amar, Madi. – Fiz uma pausa. – Madi Griffin Bl... – abaixei a minha cabeça enquanto a memória de Bellamy invadia o meu cérebro. Corrigi – Madi Griffin.

Missão Impossível (Bellarke)Onde histórias criam vida. Descubra agora