Prometo

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QUARENTA E TRÊS

Ao abrir a porta, encontrei do outro lado aqueles doces olhos e familiar sorriso. Ele usava uma camisa azul com simples jeans. Mas, como sempre, estava lindo.

-Oi, princesa. – Cumprimentou, alargando o seu sorriso ainda mais. Ontem, havia prometido ter uma surpresa pra ela. Apesar de ela dizer como não precisa de nada e que ele não precisa se dar o trabalho, ele não aceitou um "não" como resposta.

-Papai! – Madi veio correndo do sofá e abraçou suas pernas antes mesmo dele conseguir ter uma reação. Bellamy agachou para ficar da mesma altura que ela antes de falar:

-Como está a minha florzinha favorita?

-Ela está bem. – Disse docemente. Toda vez que eu os via juntos desse jeito, tinha que me lembra que não estava sonhando. Bellamy realmente estava aqui. E Madi finalmente tinha o pai que tanto queria e merecia. É o dever de uma mãe querer o melhor para os seus filhos. E eu acredito que ele era esse "melhor". – Mas ela ficaria ainda melhor se ganhasse um passeio de cavalinho...

-Ao seu dispor, madame. – Virou, a ajudando a subir em suas costas.

-Bellamy, não... – Tentei interromper. Não me pergunte porque eu ainda tentei, já sabia que os dois nunca me escutavam.

-Encontramos você no carro. – Falou enquanto levantava. Levou a garotinha até o carro, abrindo a porta e colocando o sinto para a mesma. Peguei meu telefone e tranquei a porta, logo seguindo os dois para dentro do veículo.

(...)

O carro parou em frente ao apartamento de Octavia. Ela estava apoiada contra a parede com os olhos fechados. Ao ouvir a buzina, abriu os olhos e procurou pelo carro, vindo em direção ao mesmo ao o encontrar.

-Oi, Madi! Pombinhos. – Disse, acenando com a cabeça para nós. – Está pronta para uma tarde de cookies e jogos?

-Cookies? Nós podemos enfeitar eles? – Perguntou com um brilho de criança nos olhos.

-Mas é claro. Vamos? – Obedecendo, ela desceu do carro. Antes que se afastasse muito, fingi tossir.

-Ah! – Retornou ao carro rapidamente, deixando um beijo na bochecha de cada um de nós. – Tchau, mãe. Tchau, pai.

Enquanto as duas garotas andavam para dentro do prédio, Bellamy desviou sua cabeça. Mesmo com o rosto para a janela, era visível um sorriso em seu rosto.

-Você não vai chorar, vai? – Riu.

-Cala a boca. – Respondeu sem nenhuma seriedade. Ele parecia leve, como se por um minuto o mundo não tivesse problemas. Encostou sua cabeça na ponta do encosto, causando a mesma reação nela.

-É incrível, não é? Ser chamado de mãe ou pai.

-É. Não consigo acreditar que ela é nossa filha. – Depois de ver que O e Madi já haviam sumido de vista, ele se inclinou, me beijando carinhosamente enquanto acariciava minha bochecha. – Pronta pra sua surpresa?

-Eu deveria ficar assustada?

-Talvez. Pelo o quê você sabe eu posso estar te levando para o México. – Se ajeitou, ligando o carro.

-México, é? Então vamos pedir nachos e tequila?

-Lo que quieres, Princesa.

-Ei, desde quando você sabe falar espanhol?

-Desde o ensino médio. Você esquece que eu realmente prestava atenção nas aulas.

-Enredido.

Missão Impossível (Bellarke)Onde histórias criam vida. Descubra agora