Missão Impossível (Bellarke)

Obra de arte

CAPÍTULO TRINTA E NOVE

Olhei para meu corpo em um biquini no espelho. Eu já havia aceitado o meu corpo há um longo tempo, porém tê-lo em um biquini sempre ressaltava algumas inseguranças minhas. Me sentia exposta. Como se, mesmo que estivesse com peças me cobrindo, estivesse completamente nua e todos a me olhar.

Deixei esses pensamentos de lado ao ouvir a porta do meu quarto se abrir. Madi entrou, também usando seu biquini, e se sentou na ponta de minha cama com um grande pulo. Ela balançava as pernas freneticamente.

-Você está pronta, mamãe? Já podemos ir? – Me sentei ao seu lado enquanto ria.

-Você parece estar bem animada. – Disse colocando uma mão em cima de sua perna para que ela parasse.

-Estou. – Ela sorriu. – Mal posso esperar pra ver o papai. – Sorri também com essa frase. A beijei na testa e levantei.

-Então vamos. Ele já deve estar morrendo de saudades de você. – Peguei sua pequena mão e a ajudei a descer. Recolhi meu telefone e minha bolsa e descemos, logo saindo de casa em direção a casa de Rae.

(...)

Caminhamos até a porta de Raven.

-Mãe, posso tocar a campainha? Por favor. – Ela implorou.

-Claro, meu amor. – Ela sorriu e se inclinou para frente, esticando seu braço e pressionando o botão. O som ecoou e em poucos segundos, Octavia apareceu. Ela usava um biquini preto que cabia muito bem nela. Ao abrir a porta, Madi pulou em seu colo, a dando um abraço.

-Oi, Madi! – Falou logo antes de se separarem. No mesmo segundo, Raven apareceu atrás dela e Madi a abraçou também. A garota usava um conjunto de biquini vermelho que a tornava mais atraente do que ela já era. Mas nenhum, nenhum mesmo, abraço se comparou ao dela com Bellamy. Assim que ela o viu no meio da sala, correu em sua direção enquanto exclamava.

-Papai! – Ele instantaneamente agachou em sua altura e quando ela pulou, a pegou.

-Pequena! – Envolveu completamente seus braços nela, fazendo com que seu minúsculo corpo quase desaparecesse de vista. Nós três ficamos observando de longe, lado a lado.

-Eles são a coisa mais fofa que eu já vi. – Disse a morena.

-Bellamy foi feito pra ser pai. – Concordou O.

-Ele com certeza foi. É a coisa mais natural do mundo pra ele. – Sorri ainda assistindo a cena. Mesmo que não fosse eu que estivesse naquele abraço, sentia todo o amor que o mesmo envolvia. E era a coisa mais linda e encantadora.

-Quer ir a piscina? – Ele perguntou animado. Recebeu como resposta um aceno de cabeça. A segurou pela mão e a guiou até a piscina que ficava do outro lado da gigante casa de O.

-Você parece feliz. Está praticamente brilhando. – Apontaram elas.

-É. Eu estou. – Desviei o olhar para o chão para que elas não pudessem me ler por completo. Ainda não sabiam sobre mim e Bellamy. Eu pretendia as contar sobre nós dois, só não agora.

-Como estão as coisas entre você e Bellamy? – Oh caralho.

-Eu e Bellamy? Porque? – Não seja suspeita não seja suspeita não seja suspeita.

-Porque, você sabe. Vocês tiveram uma briga enorme e no meio do nada voltaram a ser melhores amigos. O que aconteceu?

-Ah. – Suspirei em alivio. – Nada demais. Nós só... – Transamos 3 vezes e voltamos a namorar. – ...conversamos.