CAPÍTULO VINTE E SETE
-Acabei. – Madi anunciou. Seguramos os nossos guardanapos no alto para que a moça de cabelos escuros pudesse ver os desenhos. Ela os analisou e quando vi que ela demorava, discretamente apontei com a cabeça para a pequena para que ela entendesse.
-Temos uma vencedora. – Disse ela enquanto olhava o desenho de um macaco da minha filha. A vencedora sorriu e comemorou enquanto a moça se afastava.
-Ganhei de novo.
-Não sei como seus desenhos são sempre os escolhidos.
-Eu devo ser muito boa.
-Bem, a aluna superou a professora. Você pode pegar o meu lugar no ateliê e eu volto pra escola.
-Você adoraria voltar pra escola pra passar mais tempo com o professor Bell, não é mesmo?
-Não começa. Pode ser o seu aniversário, mas eu ainda posso te ignorar querida.
-Não tá mais aqui quem disse.
-Bom.
-Só não continuo falando porque ainda quero ganhar meu presente. – Ela disse e comeu um pouco mais do sorvete. Fiquei triste a ver que teria que falar com ela sobre isso tão cedo já.
-Florzinha. – Peguei suas mãos meladas. – Esse ano não vou poder te dar um presente. O dinheiro que a mamãe teve que gastar com o hospital foi muito alto. Sinto muito. – Ela ficou triste, talvez desapontada.
-Tudo bem. Eu suponho que sua companhia vai ser o presente desse ano.
-Não necessariamente. – Ela me olhou confusa. – Que tal se a gente fazer isso, eu fico te devendo um "favor".
-Como assim?
-Você vai poder me pedir pra fazer o que você quiser que eu faça uma vez e eu tenho que fazer. O que acha?
-Perfeito. Uma dúvida, pedir pra você beijar o prof. Bellamy vale?
-Não.
-Porcaria. E pedir para tirar fotos de você com ele pra câmera do tio Jas? – Perguntou.
-O favor vale só pra mim, não para os outros.
-Assim você acaba todas as minhas ideias.
-Que tal você fazer de algo que não envolva eu e Bell juntos?
-Mas daí não tem nem graça. – Ela fez uma carinha de cachorrinho. Ela sabia que não conseguia resistir a sua fofura. Golpe baixo.
-Tá bom, algumas fotos.
-Eba!!! – Ela disse alto e atraiu alguns olhares das outras pessoas no restaurante.
-Tem certeza de que quer gastar seu favor com isso?
-Toda a certeza do universo. Eu preferia um beijo, mas lido com o que ganho.
-Sua escolha, em. O que acha de irmos pra casa?
-Pode ser. – Pedi a conta e ela rapidamente veio. Enquanto pagava escutava a conversa que a fofinha tinha com o garçom que já conhecíamos.
-Feliz aniversário, Madi. – Ele disse por fim a ela e seguiu o seu caminho.
-Vamos? – Questionei me levantando.
-Vamos. Mal posso esperar pelas minhas fotos.
-Não fique muito animada sobre elas, querida. Talvez Bell nem aceite.
-Não ficar animada? Minha mãe e o profeSSOR BELLAMY TÃO NAMORANDO. TÃO NAMORAN... – Ela gritava para que todos ali ouvissem. E ouviram. As pessoas dentro do restaurante nos encaravam, alguns rindo outros com olhares feios. Tapei sua boca e tentei concertar o estrago que ela tinha feito. Era possível ouvir as gargalhadas dos funcionários que já nos conheciam há um longo tempo.
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Missão Impossível (Bellarke)
RomantikClarke e Bellamy namoram mas quando ele vai para uma faculdade distante ele termina com ela e logo Clarke descobre estar grávida de Bellamy, mas decide não contar. 6 anos depois, Bellamy volta e encontra Clarke com uma filha. Será que ele descobrirá...