Querido, cheguei

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CAPÍTULO VINTE E SEIS

Me aproximei e abri a porta.

-Querido, cheguei em casa! – Disse e esperei uma resposta. Alguns segundos se passaram e a não ouvir uma risada vinda de Bellamy, assumi que ele e Madi ainda não tinham chegado em casa. Bem, isso foi um desperdício de um ótimo "Querido, cheguei em casa." Estava faminta, para falar a verdade estou sempre com fome e provavelmente tinha um buraco negro na barriga, então fui em direção a geladeira. Não tinha muita coisa dentro dela e nada pronto pra comer. Analisei o que tínhamos e peguei alguns ingredientes que eram suficientes para fazer a única coisa que eu era realmente boa na cozinha.

(...)

A porta se abriu e por ela passou Bell e a pequena. Os dois pareciam cansados, exaustos até. Assim que os dois perceberam o que eu estava fazendo, se aproximaram da bancada da cozinha.

-Boa tarde, crianças. – Falei.

-Eu sou mais velho que você. – Retrucou ele.

-Não no meu mundo.

-O que você tá fazendo, mamãe?

-Cozinhando. Eu acho.

-Clarke Griffin cozinhando por livre e espontânea vontade? Essa é nova. De preferencia tente não queimar a casa. – Disse o moreno. A ouvir as suas últimas palavras, minha expressão se tornou séria. O olhei por alguns segundos, esperando que ele percebesse o que fez, e assim que ele fez, tentou se corrigir. – Essa foi uma péssima escolha de palavras. Desculpa.

-Tudo bem.

-Afinal, o que você tá fazendo?

-A única coisa que eu sei fazer direito, ué. Lasanha. – Os dois sorriram em perfeita sincronia a ouvir a comida que havia preparado. Tendo os dois lado a lado com sorrisos na cara me fez perceber o quão parecido seus sorrisos eram. Madi era praticamente uma cópia feminina de Bellamy só que com meus olhos e dons artísticos. Abri o forno e peguei a lasanha com a mão que estava com uma luva. Levei o pote a mesa e coloquei no meio de onde os pratos que eu tinha botado estavam. Os dois imediatamente começaram a se sentar e já iam comer se eu não tivesse os impedido. – Ei, ei, seus porcos. Vão lavar as mãos. – Como eu disse, são claramente duas crianças. Eles levantaram e Madi foi ao banheiro, porém antes que Bell a seguisse, eu o parei. – Bell, posso falar com você rapidinho?

-Claro. O que você precisa?

-É que... Você sabe que eu odeio pedir favores, especialmente depois de tudo que você tem feito por mim e por Madi. Acho que nunca vou ter palavras o suficiente para te agradecer.

-Mas..?

-Mas eu preciso de outro favor.

-Manda.

-Por causa de tudo que aconteceu desde a noite do baile, eu fiquei com a cabeça muito cheia e ocupada. E eu talvez tenha esquecido de mencionar de que o aniversário de Madi é daqui a alguns dias. Nós tínhamos um plano pra fazer algo pra ela na nossa casa, porém como não podemos, eu só quero fazer alguma coisa pra ela, sabe? Ela é só uma criança e crianças amam seus aniversários e ela não é nenhuma exceção. Não comemorar o seu aniversário depois do que aconteceu só a botaria pra baixo e eu...

-Tá bom.

-Nossa, tão fácil assim?

-Sim. Qualquer coisa pela felicidade da pequena. – Ele disse e eu não pude evitar o meu largo sorriso. Por mais que ele não soubesse, parecia muito como se soubesse que era seu pai.

-Obrigada, de verdade.

-O que vocês tinham em mente?

-Bem, a gente pretendia fazer o que nós duas fazemos todo ano juntas pro aniversário dela e depois uma festinha do pijama com as amigas dela. Mas claro que não vamos fazer isso aqu...

-Feito.

-Que?

-Tá feito. Você e Madi fazem o que é que vocês fazem nessa data e depois ela terá uma festa do pijama aqui.

-Bellamy você não pode estar falando sério. Você já fez demais por nós, e você não tem nem ideia da loucura que é. Não vou te fazer passar por isso.

-Eu tô me voluntariando. E eu quero fazer isso. Além do mais, eu tenho experiência. As festinhas de Octavia não eram nenhuma moleza. – Ele disse e eu ri.

-Você tem certeza?

-Sim.

-Absoluta?

-Sim.

-Não vai se arrepender?

-Não.

-Cem por cento de certeza?

-Princesa, a comida tá ficando fria.

-Ok, pode ir então. – Ele começou a andar, mas parou antes de desaparecer no corredor.

-Afinal, o que vocês duas fazem todo aniversário? – Ele questionou com uma cara curiosa e eu ri de algumas memórias que eu tive.

-Nós sempre vamos no Éden e pedimos as mesmas coisas gordurosas. E depois que comemos, pedimos um Petit gâteau e fazemos concursos de desenhos no guardanapo onde as pessoas estranhas que decidem o desenho e a vencedora. Pode não parecer muito, mas é a melhor coisa.

-Parece bem divertido. – Seguiu o seu caminho ao banheiro.

-É. – Falei com um sorriso no rosto e me sentei na mesa enquanto ia me servindo.

Notas da autora:
-Mais um capítulo para vocês.
-Eu sei que esse foi curtinho, mas tenho outro a caminho agora mesmo.
-Bellamy é gentil demais minha gente.
-A Clarke me representa na cozinha.
-Eu sei que tinha falado que ia voltar a escrever com frequência, mas acabei ficando muito atrapalhada e sem inspiração.
-Comentem à vontade.
-Espero que gostem!
-Vejo vocês no próximo capítulo.
- <3

Missão Impossível (Bellarke)Onde histórias criam vida. Descubra agora