Missão Impossível (Bellarke)

Segunda-feira

CAPÍTULO QUATORZE

Deixei Madi na escola e fui direto para o Éden. Éden é o nome de uma lanchonete que Raven, Octavia e eu descobrimos durante uma vez que saímos e nos perdemos graças ao ótimo senso de direção de O. Iria encontrar com elas lá para discutir o que elas não calavam a boca sobre. Desde que deixei escapar na casa de Raven que Bellamy era o novo diretor da escola de Madi, elas não me deixaram em paz.

Ouvi o sininho tocar a eu abrir a porta e vasculhei o lugar com os olhos. A lanchonete era bem iluminada, com a parte da frente toda de vidro. Rapidamente as achei na nossa mesa favorita, uma do canto esquerdo do lugar que ficava perto do vidro frontal. Andei até elas e me sentei.

-E aí, biscoiteiras?

-Finalmente! – Exclamou Rae – Já pedimos o seu milkshake. Agora conta isso direito. – Desde o dia que achamos esse lugar, começamos a vir aqui muito frequentemente. Já conhecíamos todos os empregados que já eram nossos amigos e já tínhamos o cardápio decorado mesmo que quase sempre pedíssemos as mesmas coisas; Octavia um milkshake de morango, Raven de chocolate e eu de baunilha. Me acomodei no assento e comecei:

-Bem, na quinta a Madi me disse que a escola tinha um novo diretor e que ele começaria uma iniciativa de esportes.

-A cara do meu irmão. – Concordei e prossegui:

-Quando eu cheguei na escola pra busca-la, adivinha quem eu encontrei? De acordo com ele, um amigo da família o ofereceu o cargo por estar se aposentando. E ele decidiu aceitar. – Pascal, o garçom, chegou e colocou os nossos milkshakes na frente de cada uma. Sorrimos em agradecimento.

-Eu posso afirmar que ele não tá mentindo. O antigo diretor era um amigo da nossa mãe e por isso abaixou o preço para que eu e Bell pudéssemos ir pra escola mesmo sem ela. Só nunca pensei que ele daria o emprego pra Bellamy. – Informou Octavia antes de dar um grande gole em sua bebida.

-Ele como o novo diretor da escola da filha de vocês, qual ele não sabe que é dele. Que perfeito! – Raven exclamou em ironia, fazendo o mesmo que O.

-Tirou as palavras da minha boca. Literalmente. Foi isso que eu disse quando ele me contou.

-A situação deve estar estranha entre vocês dois.

-Não exatamente. Nós já acertamos as coisas e, éramos amigos antes disso tudo acontecer, podemos ser amigos novamente, né? – As duas me fizeram uma cara de desconfiada.

-O que você vai fazer? – Procurei um tempo para que pudesse achar uma resposta pra pergunta da O, mas antes que pudesse ela me fez outra pergunta – Você vai contar pra ele?

-O que? Não. Não posso contar pra ele agora. Já passou tempo demais pra isso.

-Não sei não... – Antes que Rae continuasse com seu argumento, o toque do meu telefone a interrompeu.

-É do trabalho, já volto. – Anunciei enquanto me levantava da mesa e ia pro lado de fora. Atendi.

-Alô.

-Oi, Clarke. É a Lilian. – Lilian era a minha chefe. De 4 em 4 meses, ela organizava uma galeria de arte com as coisas que as pessoas do ateliê produziam e sempre elogiava muito minhas coisas e as vendia por ótimos preços.

-Oi, está tudo bem?

-Sim. Só liguei para te avisar que um cliente quer comprar um desenho seu.

-Um desenho? Que incomum.

-E escuta isso: ele chegou aqui pedindo por um desenho seu específico. E ele está disposto a pagar uma boa quantia por ele.

-Você não acha isso estranho não? As pessoas nunca compram desenhos.