Missão Impossível (Bellarke)

Batman, o cozinheiro pessoal

CAPÍTULO QUARENTA E OITO

Me encontrei sorrindo. Estava deitado com a mulher mais linda do mundo adormecida em meus braços. Seus cabelos loiros se espalhavam por todo lugar, e de vez em quando, ela deixava um leve suspiro escapar antes de enterrar sua cabeça ainda mais em meu peito.

Ela estava tão calma, e a observar dormir me trazia um sentimento indescritível. Ela era indescritível.

Mesmo que eu procurasse em todas as enciclopédias e dicionários de todas as línguas do mundo, nunca encontraria as palavras perfeitas para a descrever.

Levei minha mão a sua orelha, colocando delicadamente uma mecha de cabelo atrás da mesma e acariciando sua bochecha. Teria ficado ali por mais horas. Isso é, se meu telefone não tivesse começado a tocar, ameaçando acordar a mulher em meus braços.

Com muita resistência, me levantei e peguei o aparelho. Antes de sair do quarto, olhei mais uma vez para Clarke, que ainda dormia sossegada. Me dirigi a cozinha para que minha voz não acordasse ninguém da casa.

Duas semanas e meia haviam se passado desde que ela abrira a porta para mim. Assim que largamos um do outro, contamos tudo a Raven, Octavia e Madi. A criança saiu correndo pela casa em animação enquanto as outras duas comemoravam exageradamente e ligavam para Jasper e Monty gritando. Provavelmente já sabiam há muito tempo, mas foi a confirmação de que estávamos juntos que as levou a loucura.

De noite, infelizmente, quando estávamos sozinhos, chegamos no grande elefante da sala. Clarke me contou sobre o que aconteceu com Abby, e ao ouvir a história meu coração partiu. Ela chorou mais um pouquinho, para que pudesse finalmente tirar tudo aquilo de seu sistema e botar um ponto final.

Raven estava certa afinal, não que seja uma surpresa. Clarke era forte, até demais, e se recuperou uma segunda vez. Era claro que aquilo seria sempre uma dor que ela carregaria consigo, porém como toda ferida, esta dor cicatrizou.

Enfim atendi a ligação.

- Octavia?

- Bellamy, oi! – Respondeu do outro lado da linha.

- Porque você está ligando tão cedo?

- Bom dia para você também, Big Brother! Eu estou incrível, obrigada por perguntar. Concordo com você, está um dia lindo lá fora. – Ri.

- Bom dia, O. Que bom que você está se sentindo incrível, eu também estava incrível. Dormindo. E você me acordou. O que é tão importante que não poderia ter sido mandado por mensagem?

- Primeiro, eu te aposto dez reais que você não estava dormindo, e sim observando a sua patroa dormir. Segundo, eu queria saber se você está livre para jantar comigo hoje?

- Acho que sim. Onde você quer comer?

- Ah, podemos simplesmente comer no seu apartamento.

- Eu por acaso te convidei para lá? – Brinquei.

- Sempre tão amável, né, Bell? De qualquer jeito, eu busco algo no caminho para gente. Sete horas, não se atrase porque está muito ocupado sendo cadelinha da Clarke, okay?

- Sim, senhora.

- Falando nisso, - Começou com um tom sugestivo. – Como estão indo as coisas entre vocês?

- Muito bem. Eu simplesmente... sou tão feliz quando estou com ela.

- Que bom ouvir isso. Estava com saudades de te ver assim. Bem, vou deixar você voltar a "dormir". Tchau, Bell!

- Tchau, Oc.

Ela desligou a chamada. Agora sozinho na cozinha, avaliei minhas opções. Se tentasse voltar para a cama, com certeza acordaria Clarke, o que não queria. Então podia comer ou talvez assistir algo. Acabou que não precisei fazer uma decisão.