Capítulo 12 - A escolha

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"E então me dirás em um futuro incerto, a tua escolha."

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Raven

Estava confusa e extremamente feliz. Papai confiara a mim aquelas informações. Apesar de por um fardo enorme em minhas mãos! Por isso ele havia mentido pra mim tanto tempo. Liderar um grupo de justiceiros não seria tarefa fácil. Então, mesmo que tivesse concordado e aceitado o pedido, ainda um grande medo me corroía. Pois estaria lidando agora, com o futuro da Inglaterra.

Os Vigilantes: eu ao menos sabia quem eram. Ambos de um lugar diferente do mundo. Como os encontraria, montaria a equipe, sem que o rei soubesse? Ultimamente até uma formiga está sendo fiscalizada de entrar na capital. Tudo bem... Exagerei um pouco... Ainda assim... É complicado. Mas não deixaria de cumprir minha missão. Pois talvez, essa seria nossa única chance.

— E Então...? — meu pai olhava para mim, me questionando. — Você entendeu, minha querida? 

— Sim meu pai... — concordei.

Eu já não conseguia disfarçar os meus sentimentos. Meu pai percebeu que eu vacilava entre minhas palavras. Por isso, respirei fundo e disse:

— Mas eu realmente não sei se vou conseguir... — disse insegura.

Ele se aproximou de mim, colocando uma de suas mãos em meu ombro. Um sorriso encorajador se estabelecia em seu rosto. Então me aconselhou, dizendo:

— Se eu te escolhi, é porque sei que consegue. Eu confio em você. — disse ele seguro de si. — Bom... Estou com muito sono, está na hora de dormir, não é? — olhou a lua pela janela. — Boa noite filha... — se despediu, saindo da sala.

Antes que eu respondesse, ele colocou uma de suas mãos em meu ombro novamente, em forma de apoio. Entregou seu diário para mim, saindo em seguida.

— Boa noite pai. — disse pensativa, pegando o livro em minhas mãos.

Assim que ele subiu as escadas para ir ao seu quarto, continuei na sala, pensando como colocaria meu plano em prática. E claro, qual seria o plano.

Segundo as cartas e os mapas que estavam dentro do diário, apesar de codificadas, tentei analisá-las para encontrar algum de tipo de pista, que me levasse a encontrar os participantes, traduzindo de acordo com os rolos de papel que havia encontrado na estante, horas atrás. 

Seguindo como base, letra por letra, aos poucos fui descobrindo as mensagens codificadas, escritas nas cartas, que estavam dentro do diário. Pegando a primeira delas, li atentamente:

— " O sangue pelo qual lutarei, é o sangue que o fiz derramar." — olhei pensativa. — É uma... Charada...?

Fui para próxima carta, com mais curiosidade do que já estava.

— " Sei exatamente tuas palavras. Aquelas que dirás em um futuro não tão distante ".

Intrigada, peguei uma um pouco rasgada. Estava mofada também. Decifrei então, a primeira frase:

— " Que as estrelas no céu guiem o nosso caminho por este imenso mar". — joguei mais uma para o canto do sofá com as outras. — São todas charadas, mas o que significam...? — perguntava a mim mesma com raiva.

Peguei a próxima...

— " O ódio da minha vingança são frutos das mágoas pela qual tentei evitar ".

— " Na peleja lutarei, e honrarei teu nome, lutando contra o rei". — li finalmente a última.

Eu já estava ficando aborrecida. Qual seria o sentido dessas frases? Para que colocá-las em forma de charadas? Quanto mais lia ou tentava pensar novamente nelas, mais me irritava.

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