Capítulo 25 - Missão concluída

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" Não desista de acreditar, seus sonhos podem se realizar."

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Rui

(Anos atrás...)

— Você está se afundando cada vez mais Daniel... — eu disse, o encarando.

— Eu não sei o que fazer... — ele me olhava cabisbaixo, sentado em sua poltrona.

Logo após, como em um ato de desespero, abaixou sua cabeça com suas mãos cravadas na mesma.

— Deve fazer a coisa certa. — coloquei uma de minhas mãos em suas costas para consolá-lo. — E você sabe muito bem o que é. — me afastei.

— Não, não, não... — levantou seu olhar para mim, com lágrimas nos olhos. — Eu não posso. — dizia como uma criança pedinte. — Seria tudo isso em vão? 

— Você já fez o possível. — respondi impassível. — Agiu por raiva. Deve tentar consertar as coisas...

— Já não há jeito para mim, amigo... 

E eu me lembro destas palavras como se fosse hoje. Pois disse pra ele, como realmente sentia e poderia ajudá-lo:

— Você desistiu de si mesmo, mas eu não vou desistir de você. — completei.

E olhando para ele agora, cerca de anos após, me perguntava se seria sincero com ele. Entregaria Gael?

— Daniel... Eu... — comecei a dizer, mas um servo dele me interrompeu.

— Vossa Majestade! — gritou o homem, apressado.

— O que foi desta vez? — o rei perguntou desinteressado.

— Veja! — ele mostrou o panfleto.

— Já era de se esperar... — ele me entregou o papel amassado. — Rui, providencie as tropas, mataremos antes que se multipliquem. 

— Sim, senhor! — concordei e olhei o panfleto assustado. No título estava escrito: "A grande Guerra começa, os Vigilantes voltaram!".

Em meu pensamento, meu cérebro havia congelado. O que realmente havia acontecido, a final?

— O mais rápido possível. E Carmelot! — chamou sua serva. — Reúna o concelho. Estes babacas não passam de hoje. — andou determinado.

— Vamos soldados! — gritei para Gael e Félix ao meu lado. — A coisa vai ficar feia... 

Eu percebia então, que o plano de Raven havia se iniciado. Eu me lembrava de cada detalhe, e duvidava se aquilo realmente daria certo. Mas visto o anúncio de hoje, era hora agir. Teríamos de pegar provas, já que esta era nossa missão. Mas como...?

As palavras de Daniel ressoavam em minha mente. Eu tinha agora, uma única chance.

— Certo... — comecei a dizer determinado. — Eu tenho um plano.

— Tipo... A gente fugir daqui? — Gael sugeriu amedrontado. — Porque se descobrirem que... 

— Cale a boca. — sussurrei. — Não voltaremos de mãos abanando... Cumpriremos nossa missão.

— Como? — Félix pergunta, atordoado.

— Apenas... Me acompanhem. — sugeri.

O castelo permanecia quase vazio. A maioria dos guardas estavam na cidade para combater a rebelião ou estavam na reunião do rei. Decidi então, entrar no castelo. Era o momento perfeito.

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