Capítulo 9 - Procurando pistas

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"A sabedoria adormecida na palavra escrita é dominada pelo desespero que nela se esconde"
       
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Raven

Foram quase 3 dias de festa. Toda a vizinhança estava animada pelo nascimento de Victor. Haviam convidados de toda a Inglaterra, que traziam presentes e felicitações para meu irmão. Por isso, a festa não pôde ser em apenas um dia, o que deixou meus pais completamente cansados.

Depois de um longo dia de descanso, meu pai foi ao trabalho, minha irmã voltou para sua casa e minha mãe dormia em seu quarto com meu irmão nos braços. Sabia então, que finalmente estava livre para investigar...

Indo a casa ao lado, bati na porta e Nena me atendeu. Estava com uma cara irritada, a mesma que fazia anos atrás, mas mudou de repente quando Gael me viu. Nos cumprimentamos e eu me despedi de Nena, caminhando para minha casa.

Olhei para Gael, que parecia um pouco perturbado. Então fechei a porta de casa.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei, preocupada.

— N-não, tá tudo bem... — ele disse, distraído.

— Certeza, Gael? — o questionei com um olhar inquisitivo.

— Não dá pra mentir pra você, né? — suspirou, olhando pra mim. Nos sentamos no sofá da sala. — Dona Nena está mentindo pra mim. Eu sei... Tenho certeza de que ela sabe de alguma coisa sobre meus pais e não me conta a muito tempo.

— Então porque não pergunta diretamente pra ela? 

— Ela mente, Raven. Diz que entregou uma quantia ao rei para me soltarem. E quando eu pergunto sobre meus pais, ela diz que não sabe. Sobre mim, diz que achou uma cesta na porta, e quando viu era uma criança. Assim, ela ficou com pena e cuidou de mim.

— Então procure provas. — disse por fim.

— Provas? Eu já revirei cada canto daquela casa e não encontrei nada.

— Eu não disse na sua casa. Acho que está procurando no lugar errado e a coisa errada.

— O que quer dizer com isso? — me olhava confuso.

— Gael... — eu disse relaxando no sofá. — Como você disse, Dona Nena está mentindo. Acha que ela deixaria provas perto de você? O que você procura pode estar mais longe do que imagina...

— Então, vamos revirar cada canto desta vila.

— Humm... Foi isso que pensei. — concluí.

Continuei pensativa, pois não sabia por onde começaria. A vila não era tão grande, mas não podíamos sair revirando as casas dos moradores. Os únicos lugares que poderíamos procurar algo seria: O centro da Vila, a casa de Gael, a floresta de Tiderood... Poderia ser até mesmo na casa de meus pais. 

— Não adianta. Afinal o que procuramos? — encostou sua cabeça no encosto do sofá. — É melhor deixarmos isso para outro dia.

Visto sua desistência, tentei mudar de assunto:

— Dona Nena não é a única que tem segredos. — disse.

— Está falando de seus pais?

— Exatamente. — concordei. — Bom... Que tal começarmos por aqui? Precisamos achar respostas em algum lugar. Com tantas tralhas, acharemos pelo menos um bom livro pra ler.

— Tudo bem... — disse se levantando.

E então começamos a procurar. Qualquer coisa. Desde um livro, objeto, mapas, etc. Não encontramos nada próximo as cômodos do primeiro andar, então subimos as escadas e fomos aos quartos. 

The VigilantesOnde histórias criam vida. Descubra agora