Capítulo 24 - Vigilantes em ação!

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" A final, quem realmente sou?"

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Raven

Darla, Henri e eu, andávamos em direção ao esconderijo do tesouro para cumprir nossa primeira missão. Seguíamos um mapa que meu pai havia me entregado, que com muita dificuldade tentávamos encontrar a área. Cerca de vários quilômetros, saímos de nossa casa e andamos pelo matagal. Percebi pelos rostos do meus amigos e eu, que estávamos completamente cansados. Se estivesse com meus cavalos aqui, chegaríamos rapidinho, mas este caminho ingrime dificultava as coisas....

Henri, ia um pouco na frente como havíamos pedido, enquanto isso, conversava com Darla para nos distrairmos.

— E então... — se virou para mim. — Você e Gael estão mesmo juntos? 

Sua pergunta indiscreta, fez com que eu ficasse vermelha dos pés a cabeça. Me perguntava o porquê de uma mulher de 30 anos como ela, me perguntar esse tipo de coisa...

— É... Ele diz que somos namorados, mas talvez sejamos só amigos... — disse tentando esconder o nervosismo.

O que se passava na minha cabeça? Por que disse aquilo? Talvez porque ela era irmã de Félix? Mas o que isso tem a ver? O que estou dizendo...?

— Amigos...? — repetiu rindo. — Não sabiam que amigos "ficavam". E você sabe do que estou falando.

— C-como você...? — gaguejei perguntando. — Eu não... — suspirei derrotada. — Talvez seja.

Ela gargalhou, mostrando covinhas iguais do irmão. Mas instantes depois, parou no tempo pensativa e disse:

— É uma pena... — confessou. — Você foi a única pessoa depois de Jhoseff que fez Félix sorrir.

Como uma faca em meu peito, sua frase teve efeito em mim. Ela disse com tanta naturalidade que mal percebi o peso que tinha em minhas mãos.

— Jhoseff? — perguntei curiosa. — Quem é ela...?

— Humm... — suspirou. — É a antiga noiva dele.

— Ela... — comecei a dizer assustada. — Morreu...?

— Não cabe a mim explicar. — admitiu tristemente. — Peço que deixe meu irmão falar, em seu tempo. É um pouco difícil pra ele, seguir sem a pessoa que ama e aprender a lidar com isso, muito jovem. Por isso é um pouco amargurado, não fala com ninguém desde que... A tragédia aconteceu. — concluiu sua fala, com um olhar triste.

— Desculpa... — tentei reverter a situação. — Eu não devia ter...

— Tudo bem. — me interrompeu. — Às vezes é bom desabafar com alguém. Félix devia fazer isso algum dia...

— Eu sinto muito. — disse com pena. — E espero entender a história um dia... — disse e ela apenas concordou.

Quando percebi, nós já havíamos chegado. Era um lugar vazio. Não havia árvores ou grandes plantas, apenas um gramado regular. Mas estranhei porque Henri havia parado. Ele não sabia onde era exatamente? Mas eu havia explicado o caminho pelo mapa...

— O que foi!? — perguntei ao longe.

— Não encontro o esconderijo. — murmurou. — Erramos o caminho! — gritou para nós.

— Cheque o solo, talvez seja subterrâneo! — expliquei.

— Checar? — olhou para mim. — Como?

— Pule!

— E se for? — perguntou pulando.

— Você vai cair. — disse séria.

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