"Lutem! Por favor lutem! Não deixe que estas pessoas que morreram seja em vão! Lutem com tudo que tem. Lutem com a alma e coração!"
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Raven
Desde muito tempo as guerras sempre existiram. Podemos ver várias em livros de história. E todas elas têm uma coisa em comum: muita matança. Não se pode dizer que um lado venceu, os dois tiveram perdas de alguma forma. Vidas de pessoas inocentes ou não, muitas perdidas. Pessoas que tinham sonhos, famílias e foram abandonados, sem escolha de voltar atrás.
Morrer lutando não é felicidade, é orgulho. Saber que tentou até a morte alcançar seu objetivo e fazer com que a vida das outras pessoas que se foram, não fosse em vão. Eu podia entender tudo aquilo. Não sabemos bem uma coisa, até se viver ela, sentir na pele e no lugar do outro. Por isso, continuava lutando, mesmo que meus braços doessem, mesmo vendo vários morrendo ao meu lado. Continuei. Com lágrimas nos olhos, lutei. Faria com que tudo aquilo valesse a pena. Nada aqui foi em vão, vocês foram muito mais que vencedores. Foram heróis.
Continuávamos avançando sem sucesso. Os guardas atiraram de longe flechas envenenadas e canhões á postos. Não davam a mínima para população. Até que algo surgiu em minha mente.
Subi em um barril meio cambaleando e gritei:
— Lutem! Por favor lutem! Não deixe que estas pessoas que morreram seja em vão! Lutem com tudo que tem. Lutem com a alma e coração! Lutem! Lutem! — fiz o gesto próximo ao meu coração.
Mal podia conter o choro. Desci do barril e continuei em frente.
— Lutem! — gritei novamente.
Os outros gritavam juntamente comigo.
Gael olhou confiante para mim e disse:
— Lute!
E continuamos a lutar.
Eu não sabia se fora meu discurso que motivou a população, mas agora nós estávamos na frente da batalha. Não, não fora eu. Estavam apenas precisando acender a chama de esperança que estava se apagando, mas no fundo sabiam porque estavam aqui. Por isso continuaram a lutar.
Precisava agora que a segunda parte do plano se seguisse. Então, depois de algumas horas, ouvi o quarto rojão. Precisávamos pegar Daniel.
— Vamos. — chamei Gael.
Ele parou no exato momento.
— Não. — negou confiante.
— Como não? — perguntei assustada.
Ele suspirou e pegou em minhas mãos com delicadeza.
— Preciso ficar aqui. — olhou em meus olhos. — Meu lugar é aqui.
— Gael... — comecei a dizer, aflita. — O plano é...
— Não, não. Eu continuarei lutando.
— Então ficarei com você.
— Precisa ir. — continuou dizendo.
— Mas...
Pude ver Rui e Franny se aproximando. Eles realmente estavam do nosso lado!
— Vocês... — tentei dizer, empolgada.
— Eles vão lutar. — me abraçou fortemente e depois me soltou. — Agora vá!
Eu olhei para ele uma última vez, entendendo seu pedido. Agora estava em boas mãos.
— Eu te amo. — eu disse.
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The Vigilantes
AventuraO que faria ao saber que seus pais escondem segredos de você e que todos a sua volta, mentem da mesma forma? Raven, decide mudar tudo isso. Porém ao revirar seu passado e descobrir seu destino, seu futuro e de todos que ama pode estar em perigo. "Co...