Capítulo 31 - A Esperança renasce

46 3 0
                                    

         "Os vigilantes voltaram!"   

       ━━━━━━━━ ✤ ━━━━━━━━

Robin

Eu sempre soube. Deveria ter confiado mais em minha garota. Minha filha já estava pronta para ser a nova líder dos Vigilantes. Um líder que eu sempre quis ser. E hoje, me orgulho da minha escolha. Sei que ela fará um novo mundo, um mundo com justiça.

Já faz alguns anos que ela fora embora. Muitas coisas mudaram. Victor já é um pivete formado. E ao invés de fazer bagunças e trapalhadas como eu fazia em minha época, prefere passar o dia estudando. Bom... Não tenho o que reclamar, é um garoto muito esperto. Há algumas escolas próximas, mas não podemos arriscar nossas identidades, ainda mais nesta época. Então, todos os dias, o ensino algumas coisas que aprendi quando ia a escola. Posso ver o sorriso estampado em seu rosto. Tem um futuro brilhante pela frente.

— Então pode me dizer qual foi o primeiro rei da Inglaterra? — perguntei ao meu filho.

— Egbert de Wessex! — respondeu de imediato.

— Ótimo. — sorri, animado. — E você acha que suas ações foram boas para com o reino?

— Bom... — ficou pensativo. — Sei que ele expandiu seu território, mas suas ações com o povo eram nulas.

— O que isso significa? — o instiguei a dizer, mesmo sabendo a verdade.

— Significa que assim como a maioria dos outros reis depois dele, não fizeram muita coisa em relação a população. Prefiram suas próprias riquezas. — ele se manteve em um olhar triste, ao dizer.

Então, fechei o livro.

— Sim... — concordei tristemente. — Infelizmente sim, garoto. E é por isso que devemos fazer a diferença. — olhei em seus olhos. — Muitos passam fome, não tem pais e ao menos um lar para morar.

— Isso não devia acontecer! — gritou ele indignado.

— É por isso... — erguei meu olhar. — Que os Vigilantes voltaram.

Raven

— Devem chegar lá até o pôr do sol. — disse decidida.

— Não vai conosco? — perguntaram Henri e Félix, arrumando suas coisas para a viagem.

— Não. Devo estar aqui para quando Gael voltar. Depois... Irei com ele ver meus pais.

— Tudo bem... — concordaram. 

A carroça estava cheia dos tesouros. Já estava tudo preparado. Levariam os objetos a meu Pai. Mas como não cabia todo o tesouro no veículo, deixaram a metade no casarão. 

— Até mais! — se despediram.

Ao ver que se afastaram, Leonor se vira para mim e pergunta:

— Acha que fez a escolha certa? — Leonor me perguntava.

— Eu não sei... — suspirei. — Realmente não sei. 

Entrei na casa, para traçar mais uma vez meus objetivos. O primeiro deles, seria que esperaria até que eles voltassem. Mas uma dúvida pesou meu coração: Porque Gael está demorando tanto?

Félix

— Também anda recebendo as cartas? — pergunta Henri, uma hora depois de um silêncio que parecia eterno.

— Sim... — respondi conduzindo as rédeas. — Uma por semana.

— Sim. — concordou com o olhar baixo. — E... Parece que os outros também.

The VigilantesOnde histórias criam vida. Descubra agora