Capítulo 23 - 1° Missão

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" O tesouro, pistas sobre o rei e claro, Precisamos do apoio da população".

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Leonor

Não conseguia parar de pensar nele. Aquele idiota... Dormir naquele sofá duro, iria morrer de dor nas costas e de frio. Acho que já perdi o sono faz tempo... Será que eu... O chamo para cá? Não, não, talvez ele pense que estou dando em cima dele, e ele nem faz meu tipo... Mas seria meio egoísta da minha parte...

— "Humf". — suspirei e mordi os lábios. 

Olhei para os lados, Teodora já havia pegado no sono. Até que me assentei na cama, pensativa. O jeito é propor. Se ele não vier pra sua cama, problema dele...

Então encarei meu medo e fui. Caminhei de vagar, já que o chão rangia. De passinhos em passinhos caminhava me segurando nas paredes. Até que comecei a descer as escadas. Parecia que estava perto. No penúltimo degrau, acabei por cair em um buraco que havia. Como caí com minha perna praticamente toda lá, o buraco ficou gigante e fez um enorme barulho. Os outros da casa estavam em um sono pesado, apenas alguém estava acordado.

— Mas o que é isso...? — alguém perguntou. Fiquei quieta, tentando adivinhar quem era.

Até que este alguém, pegou uma lamparina e revelou seu rosto. Era Henri. Ele coçava os olhos e bocejava.

— Meu Deus do céu Leonor! O que aconteceu com você? — perguntou preocupado, vendo meu estado.

— Acabei caindo das escadas... — disse e ri meio sem jeito.

— Vai, levanta... — riu estendendo a mão. Com um pouco de esforço, consegui me levantar e sair do buraco.

O Segui até o sofá.

— Se machucou? — perguntou examinando minha perna.

— Acho que não... — respondi.

— Que bom. — disse, mas agora olhando para mim. — Mas a final... O que faz aqui? Era pra estar dormindo.

Não sei porque, mas fiquei muita nervosa. O que diria pra ele? Que fiquei preocupada? Ai que ideia que eu tive!

— V-você também... Está acordado, estas horas. — tentei me justificar rapidamente.

— Não consegui dormir. Este sofá é muito desconfortável. — admitiu. — E quando achei uma posição melhor, ouvi um barulho e acordei de vez.

Suspirei e disse:

— Olha... Eu vim te procurar. — comecei a dizer com receio.

— Pra quê? — perguntou sutilmente.

— Pra irmos ao espaço... Dãã... — disse sorrindo.

— É o que? — perguntou sem entender.

— É pra você voltar pra sua cama. — respondi. — Sei que... Deve ser estranho um quarto com meninas, mas eu prometo não te incomodar. A Tear pode ser mandona as vezes, quase sempre... E eu com minhas loucuras... Mas... convivendo quem sabe...

Ele começou a dar gargalhadas.

— O que foi? — perguntei sorrindo, contagiada com sua alegria. Ele continuou rindo. — Ei! Tá zombando de mim? — dei um tapinha nele. 

Até que enxugou as lágrimas de riso e se virou para mim:

— É que... Você me lembra alguém. Estou com medo sabe... De me raptar ou algo do tipo, por ser tão preocupada comigo.

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