The Vigilantes

Capítulo 48 - A Coroação

"Uma dica: como você mesmo me ensinou, a vingança nem sempre é a solução. Então agora ponha em prática, prove que é capaz de perdoar até mesmo o assassino de sua família."

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Raven

(Um dia atrás)

Andei em direção a prisão. Haviam vários guardas de prontidão. Assim que me viram liberaram a passagem.

— Precisa de algo, Vossa Majestade? — um guarda me perguntou.

"Vossa Majestade", parecia que eu tinha envelhecido uns 30 anos.

— Não. — neguei. — Não é necessário. Só irei fazer uma visita.

— Quer que preparemos uma sala para a reunião, então? — outro pergunta.

— Não precisa... É sério. Vai ser rápido. — disse constrangida. — Obrigada.

Ainda tenho que me acostumar com toda essa regalia, pois quando estava em casa, mamãe abusava da minha boa vontade. Me lembro de quando Gael ia para lá, mamãe acabava o cumprimentando lhe dando um pano nas mãos. Sinto falta dela.

Me desliguei destes pensamentos e segui o corredor. O que era mais estranho, é que eu conhecia todas as pessoas que estavam lá. Papai me dizia que eram os piores mal feitores da Inglaterra.

Plemont — Um homem que dizia ser artista. Roubava milhares de pinturas e artesanatos por todo o país, assim que as pegava vendia para mercenários pelo mundo inteiro. Era podre de rico, mas vivia fugindo dos soldados, até que foi capturado. Já conseguiu fugir diversas vezes, até colocarem em uma sela especial, assim como os outros. Cada um, em uma sela.

Carl  — Como posso dizer... Uma mulher de vários homens. Se casava com eles e os envenenaram depois, roubando todos os seus pertences. Até que um único homem foi mais esperto que ela. A enganando e a prendendo, ganhando sua recompensa em troca.

O Pai de Gael.

Entre muitos outros... E o que mais me chamava atenção era o cartaz de procurado de uma única pessoa, o mais temido de todos os piratas: O Barba Negra.

Papai disse que o conheceu, mas se arrependeu depois. Teve de fazer um acordo com os piratas: teria de dar uma parte do que roubava dos ricos. Acabou concordando, pois não tinha outra escolha, mas no acordo, pediu proteção. Por isso conseguiu fugir dos soldados por tantos anos, os piratas eram nossos aliados.

Me lembro de Darla o mencionando. Era o pai do filho dela; ele estava com seu filho.

Continuei andando até me encontrar com quem eu procurava. Nena ainda estava dormindo, então fui falar com o prisioneiro da sela ao lado; Daniel.

— Daniel... — o chamei.

Ele se levantou em uma surpresa evidente e disse:

— Ora, ora. —  disse sorrindo. —  Ainda não me arrumei e já é minha primeira visita?

— Sinto muito, mas eu não estou com bom humor hoje. — disse a ele.

— É uma pena... Mas o que lhe trás aqui? —  vi em seus olhos uma curiosidade obscura. — O que lhe devo a honra desta visita?

— Quero respostas. —  disse rapidamente. — E te pedir um favor...

— Tenho escolha? Primeiro a notícia ruim, pra tirar o baixo astral... — disse cruzando as pernas em uma cadeira.