Capítulo 39 - O Plano

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"Este é o plano e nós vamos vencer com ele!"

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Victor

(Antes)

Desde quando eu era pequeno, meu maior sonho era ir á escola. Fazer novos amigos e principalmente aprender um pouco mais sobre o mundo que nos rodeia. Mas infelizmente, não pude. Meu pai não tinha condições para isso e além disso, estava sendo procurado pelos soldados. Vendo minha tristeza, ele propôs ser meu professor, por mais ruim que fosse nisso.

Os livros que comprávamos ou pegávamos emprestados me auxiliavam nos estudos. Cada número e letra, me fascinava. Era incrível ver como muitas coisas não haviam explicação, então tentava imaginar uma pra ela. Eu os chamava de "projetos". Alguns eram apenas teorias e outras engenhocas que fazia.

Me lembro que inventei um "seca roupa" para mamãe. Não deu muito certo, já que as roupas ficaram presas no aparelho.

Também inventei uma vez um "Molhário", que eram tubos de se por molhos e temperos na cozinha. Quando mamãe foi usá-lo, o molho saiu pelo lado contrário, a sujando toda.

Mesmo com tantas falhas, não desisti. Até conseguir o aparelho perfeito. Eu o apelidei de "Entregator".  Arremessava cartas para lugares longes. Não sabia se eram enviadas corretamente, mas sabia que eram enviadas para algum local.

Escrevia diariamente cartas para minha irmã, de como era meu dia. Ela nunca respondia. Pensava que ela havia nos abandonado. Mas ao ver papai falar coisas tão maravilhosas dela de como seria uma bela heroína, me revoltei. Ela nunca nos visitava ou mandava mensagem, não havia motivos para todos terem orgulho dela.

Neste dia, ele falava mais uma vez sobre ela. Revoltado, resolvi sair da sala e fui para fora de casa. Mas papai se sentou ao meu lado.

— Porque está nervoso? — me perguntou, minutos depois.

Eu suspirei para me acalmar e disse:

— Não acho justo terem orgulho de alguém que ao menos visita sua própria família. — admiti.

— Entendo... — ele respondeu, compreensivo. — É por isso que odeia tanto sua irmã?

— Eu não a odeio... — comecei a dizer. — É só que...

— Sente falta dela. — completou.

— Já fazem anos... E ela nunca me respondeu. Talvez ela...

— Eu sei que pode ser difícil pra você entender... — explicava. — Mas sua irmã sacrificou algo importante para ela, em troca de fazer um bem a todos. Ela não queria nos deixar e faria de tudo para estar aqui conosco. O destino deste país está nas mãos dela e essas escolhas podem ser difíceis de fazer. Os Vigilantes meu filho, os justiceiros deste mundo.

Pude ver em seus olhos, mais uma vez o orgulho de que tanto falava, mas a partir deste dia, não senti raiva ou tristeza, pois entendi o que significava ser um vigilante. Não era apenas um grupo ou um desejo. Era a chama de justiça que ardia em cada coração. Por isso, decidi que assim como eles, faria a diferença.

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Victor

— Esta reunião é a mais importante dentre as que tivemos. — minha irmã, começou dizendo. — Detalharemos o plano hoje.

Todos os Vigilantes presentes, estavam assentados juntamente na mesa da sala de estar. Este lugar, era onde nós podíamos discutir nossas ideias. E mais uma vez, estava mais ansioso do que nunca, pois apresentaria em fim, meu projeto.

The VigilantesOnde histórias criam vida. Descubra agora