The Vigilantes

Capítulo 50 - Nós somos os Vigilantes!

"E aquele foi o nosso casamento. O nosso beijo, de entre muitos outros. E por mais meloso que isso seja, tudo que eu quero agora, é estar ao seu lado para sempre."

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Raven

Nunca pensei que este dia realmente chegaria. Minha irmã sempre me dizia que eu iria ficar pra minha mãe, pois Gael nunca tomaria coragem de me pedir em casamento. Pelo visto, estava errada.

Me olhando no espelho agora, vejo o quão bela estou e me enxergo como minha irmã. Ela iria realizar seu sonho e acabou sendo morta por quem mais amava, seu próprio noivo. Lágrimas desciam do meu rosto sem que eu percebesse.

— Está chorando minha rainha? — o costureiro me perguntava. — Não fique assim... Sei que hoje é um dia emocionante, então guarde as lágrimas pra depois. — me consolou sorrindo.

— Não é isso... — limpei meu rosto. — É que...

— Estão todos prontos? — o mordomo  entrou rapidamente na sala e perguntou.

— Sim. — ele respondeu por mim. — Ela está.

— Ótimo, já está na hora. — disse saindo.

— Vamos...? — me chamou mais uma vez.

Respirei fundo.

— Vamos.

Gael

(Algumas horas atrás)

— É só uma liberdade provisória, já que não tenho mais ninguém para acompanhá-la até o altar.

— Vejo o quão requisitada está sendo minha presença. — Daniel diz com ironia.

Nós conversávamos mais uma vez, de frente um para outro. A única diferença era nossa liberdade. Ele permanecia preso, enquanto conversávamos. Já eu, estava fora da cela.

— Não temos outra pessoa da família... De ambas. — olhei para ele. — O que eu faria?

— Sei que chamaria Rui, mas o coitado já bateu ás botas. Então... Obrigado pelo convite, mas eu não quero correr o risco de ser morto novamente. 

— Convidamos apenas algumas pessoas. As mais próximas. — explicava, tentando convence-lo. — Os Vigilantes, os antigos amigos do pai de Raven, alguns piratas...

— Um verdadeiro show de horrores. — implicava. — Ambos querem me matar.

— Daniel, por favor.... — suplicava. — Isto é muito importante, e eu não tenho mais a ninguém a recorrer...

— Se eu aceitasse...  — ergueu seu olhar. — Me daria algo em troca?

— Sabe que eu não posso fazer muita coisa por você.

— Me poupe... — revirou os olhos. — Você é o rei. Pode fazer o que quiser.

Suspirei.

— Tudo bem... — concordei. — O que quer?

— Eu quero ser livre. 

Ri sínico.

— Quer que eu solte a Nena também? — provoquei. — Vocês são criminosos, não amiguinhos da vizinhança.

— Eu não disse isso. — se justificava. — Não me importo com a velha. A minha liberdade... Será morar no castelo, ter um quarto e coisas minhas, porque se eu continuar aqui, morrerei de frio e dor nas costas.