"Portanto, lutem! Como se esta fosse sua última chance. Salvem este mundo corrompido, e transformem o futuro da nossa nação!"
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Nena
Eu sempre me recordo daquele dia. É como um pesadelo constante para mim; As cinzas. Talvez seja o dia mais triste da minha vida; Talvez para todos nós.
Eu fugi da guerra. Para muitos, fui covarde, mas vejo isso como um elogio por ser a única sobrevivente da minha raça. A guerra Magnus. Também conhecida como a guerra entre magos e bruxas. Aconteceu a milhares de anos. Hoje, não passa de uma lenda, uma história infantil.
E depois de quase ver a morte com meus próprios olhos, busquei refúgio em algum lugar acolhedor. Certamente não encontrei. Então, vaguei pelo mundo vendo os comuns se reerguendo, tenho uma vida feliz, até que seu fim chegasse. E eu? Como seria feliz, se nunca descobri o verdadeiro o significado desta palavra. Não é agora, que saberei.
As bruxas nunca tiveram uma conduta assim. Nós não eramos uma família, e sim um clã. E em uma sociedade dividida entre poderes, o que nos restava era obedecer cada patente. Por isso, por mais que não nos amassemos como os humanos se amam, nós protegíamos e nos importavamos com cada membro. Assim, quando a Guerra Magnus eclodiu, lutamos até o fim. Talvez... Somente elas lutaram até o fim.
— Bom... — ergui meu rosto, avistando a vila pelo alto monte. — Morrer de fome, eu não vou.
Então usei o pouco de magia que lembrava, para me transformar em alguém mais jovem e trabalhar para quem fosse. Trabalhei muito e conquistei o que tenho hoje. E não sou meramente "feliz". Eu ainda procurava o real significado de minha vida, sabendo que talvez nunca encontrasse.
Até que um dia, tudo mudou. Ele veio. Aquela criança chorona, fedida e feia pra danar, foi abandonada na porta da minha casa, naquele dia chuvoso. Estava todo sujo, com cinzas, me lembrando de meu passado. Talvez por isso fiquei com ele, ou pela grande quantia que me oferecem.
— 500 pratas! Essa criança é feita de ouro? — olhei assustada.
Estava tudo escrito em uma carta, com um selo específico. O selo do rei. E o outro dos caçadores. Ou eu estava sonhando, ou esse sonho era muito louco. Só podia ser um.. Sonho.
E estava escrito:"Humilde plebeia, venho lhe pedir um favor, mas especificamente uma ordem. Cuide de Gael, ele é... Especial. Não posso confiar em você totalmente, eu sei, mal a conheço. Apesar que estes dias venho lhe investigando e preciso de seus serviços. Não se esqueça do pagamento, sei que não faria nada de graça. Sem perguntas e objeções, este é um pedido do rei em pessoa."
Agradecido,
Daniel
Com curiosidade e medo ao mesmo tempo, continuei olhando para aquela criança, antes de colocá-la em minha casa. Não parecia alguém especial. Era feio e estava sujo. Mas por algum motivo, aceitei o pedido.
— Rei Daniel. — repeti. — Ok... Preciso do dinheiro.
Peguei a sexta e entrei em minha casa e arrumei tudo para aconchegar uma criança ao lar. Ele seria minha nova "família". Isto é hilário.
Servos do rei vinham semanalmente, verificar a comida e tudo mais. Além de trazerem armas e objetos estranhos, dos caçadores. Depois de um ano, ninguém se importava mais com ele. Apenas eu. E continuei durante anos, cuidando dele. Ele havia se tornado como um filho pra mim. Parecia que enfim encontrava a "felicidade".
E colocaria agora a vida de meu filho e de sua amada em risco? Por um rei perverso? Ou Salvaria minha própria pele? Preciso encontrar uma... Solução.
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The Vigilantes
AventuraO que faria ao saber que seus pais escondem segredos de você e que todos a sua volta, mentem da mesma forma? Raven, decide mudar tudo isso. Porém ao revirar seu passado e descobrir seu destino, seu futuro e de todos que ama pode estar em perigo. "Co...