Capítulo 45 - Um novo começo

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"Quero que saiba que não podemos mudar o passado... Mas podemos aprender com ele."

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Daniel

Fui em direção á porta central, a que abria o castelo. O que estava fazendo? O certo? Meu coração dizia que sim, então porque minhas pernas pararam no meio do caminho? Por que algumas lágrimas caiam do meu rosto? Eu também tenho medo de morrer. Deveria ter parado esta Guerra antes de começar, porque agora, infelizmente levo o peso da morte de todas essas pessoas. Sabe-se lá o que farão comigo. 

— Não. — fechei os dedos com força. — Pra mim já chega. — segui em frente determinado.

Quando atravessei um dos corredores, dei de cara com Félix, Darla e Teodora. Aquele não era um dos melhores momentos.

— Daniel!? — Félix me viu e bloqueou meu caminho. — Você mentiu pra nós, não foi?

— Eu não menti. — disse a ele. — Nena ainda não chegou.

— Ainda continua mentindo! — disse com raiva.

Ele tentava me atacar, mas as garotas o seguravam. Até que por um momento me atingiu com um soco.

Não revidei. Não gritei, e muito menos me importei. Decidi que não seria mais este tipo de pessoa. Deveria ter seguido o conselho de Rui faz muito tempo. 

Continuei andando, mas ele acabou me puxando pelo braço.

— Onde pensa que vai? — gritou irritado. — Acha que vai nos enganar assim e sair andando?

— Eu já disse... — começava a me irritar. — Eu não sei onde ela está. Devem ir atrás dela, não de mim.

— E pra onde está indo? — Darla agora falava. — Pensa que deixaremos você fugir?

— Eu não estou fugindo. — disse sincero. — Estou fazendo o que vocês deveriam ter feito, faz tempo.

Eles me olharam em dúvida.

— Me entregar. — completei.

— O quê? — Teodora  perguntou atordoada. — Você vai se entregar...? 

— Sim, foi o que disse. — concordei. — Agora, se me derem licença...

— Por quê? — Félix perguntou desesperado. — Só pode ser brincadeira... Não faça uma loucura dessas!

— Não sei. — respondi olhando para eles. — Talvez eu queira estar do lado dos mocinhos. Agora um conselho... — virei meu rosto, ainda de costas. — Se arrependam enquanto há tempo. — disse e sai andando. 

Pude ver de soslaio que estavam pensativos. E de alguma forma, me senti satisfeito com isso. Era estranho pensar que estava fazendo uma boa ação. Mas pelo menos... Eu preferia acreditar nisso ao menos uma vez.

Fui em direção ao meu destino ou seja, a minha morte.

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Raven

(Algumas horas atrás)

Já estava anoitecendo e eu ainda continuava presa. Perdendo as esperanças, acabei pegando no sono.

— Raven, Raven... — alguém me chamava. — Ei! 

Acordei de repente, quando ouvi sua voz.

— Leonor? O que tá fazendo aqui? — comprimi meus olhos para enxergar melhor. — Por que está dentro da prisão comigo e por que está tudo escuro?

The VigilantesOnde histórias criam vida. Descubra agora