Capítulo 22 - Novo lar

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" Era pra ser por aqui..."  — Raven.

" Sei que você não é boa com mapas..."   Gael.

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Raven

Até agora, nem eu mesma estou me entendendo. Trazer completos estranhos para meu grupo. Papai já se sentiu assim? Medo, talvez. Porque sei que mais do que nunca, eles precisam de mim neste instante, e eu deles. Preciso confiar na minha equipe e estou disposta a encarar este desafio. Por que não?

— Ok... Você é completamente louca de trazer um estranho pra equipe. — disse Darla, enquanto caminhamos.

— Vocês também são completos estranhos pra mim. — eu admiti.

— Ei! — ela chamou minha atenção. — Eu não sou do tipo que vai te entregar para o rei, pra eles arrancarem a sua cabeça.

— É sério...?  Muito bom saber disso. Agora sei que corro menos perigo de morte. E enquanto ao resto de vocês? — perguntei cínica, a ponto de rir.

— Pensei que confiasse em nós... —  Teodora disse desanimada.

— Não me entendam mal... — eu disse passando pelos arbustos. — Todos nós temos chance de morrer, a qualquer hora. Já pararam pra pensar, porque todos têm uma faquinha no bolso?

— Não... — Gael negou.

— Roteiro fraco? — perguntou Leonor.

— Não! — gritei para que me ouvissem. — Sabemos que o que nos une não é a "amizade", pois mal nos conhecemos. E sim a justiça que acreditamos um dia fazer. E eu realmente não me importo se eu vou morrer um dia, eu... Só espero orgulhar meu pai. É por isso que estamos aqui, Vigilantes. Vamos fazer a diferença!

— "Snif", emocionante! —  Leonor fingia.

Revirei os olhos em resposta. Eu esperava que pelo menos, eles tivessem me entendido. E parece que estamos chegando perto do esconderijo...

— Pra onde vamos...? — perguntou Henri, curioso.

— Bom... Meu pai chama  de: " Esconderijo principal". Os antigos vigilantes ficavam lá. — sorri. —Vai ser nosso novo lar... 

— E onde fica? — continuou perguntando.

— Era... Pra ser por aqui... — disse desanimada.

— "Humf!" — suspirou Gael. Ele virou o mapa novamente. — Sei que você não é boa com mapas...

Dei um soquinho em seu braço, rindo. Olhei novamente o mapa para verificar o destino. Infelizmente ele estava certo.

— Foi mal pessoal... — cocei minha nuca, constrangida. — Acho que errei o caminho. Na verdade... Era pra ser do outro lado, de onde viemos...

— O quê!? — Félix gritou. — Tá brincando, né? Arrastei este gordo até aqui, atoa?

Félix, que era o mais forte e por isso levava Rui, depois que apagamos ele. Com raiva, soltou o homem que carregava no chão.

— Eu sei... Desculpa... — confessei.

— Este não é o maior problema... — Darla começou a dizer. — Gastamos um dia de viajem e mantimentos atoa. Foi uma viajem inútil. Me dá logo esse mapa... — disse pegando de minhas mãos. — Desta vez, eu vou na frente. — disse séria.

— Tudo bem... — concordei, sem contestar. 

Então seguimos a viagem e Darla nos conduzia pelo caminho, caminhando na frente do grupo. Mas ela era muito mais impaciente do que eu, e muito mais rápida do que todos nós. Visto nosso cansaço e despreparo, gritou desanimada há metros de nós:

The VigilantesOnde histórias criam vida. Descubra agora