The Vigilantes

Capítulo 30 - Nosso Tesouro

"Agora poderemos reconstruir a Inglaterra" 

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Raven

Seria um pouco estranho pensar que, apesar de serem poucos minutos que Gael saíra, sentia como se fossem dias. Uma parte de mim se fora com ele.

Quanto mais pensava, mais triste ficava. Estaria fazendo o certo? Seria muito egoísta que eu quisesse que ele permanecesse aqui? Comigo, ao meu lado, ao meu alcance. Pois se acontecesse algo, estaria aqui para protegê-lo. Já não posso fazer isso... Ele se foi. Por um momento apenas.

— O que está pensando? — Leonor perguntava sentada ao meu lado.

— Hum...? — perguntei, perdida em meus pensamentos. — Ah. — pensei. — Não sei ao certo...

— Vai... — ela empurrou meu braço gentilmente. — Pode contar. — se assentou ao meu lado no degrau da escada externa. — Prometo que não conto pra ninguém. — disse e cruzou os dedos atrás das costas. Não sabia o que significava.

— Hum... Tudo bem. Me diga se ficar entediada. — sorrimos.  — É ele...

— Ele? — perguntou sem entender. — Ele quem...?

— Gael. — respondi sutilmente.

— Ah sim... — se recordou. — Seu namorado. — ela disse sorrindo.

Gostei desta garota.

— Ele mesmo... — disse tristemente.

— E...?

— E o quê? — olhei para ela. — Ah sim... — fiz uma pausa. — Já se sentiu como se estivesse colado a alguém?

— Não... — brincava com uma mecha de seu cabelo ruivo.

— Quero dizer... Não colados literalmente. É como um imã. Me sinto ligada de alguma forma a ele e algumas vezes... Na maioria das vezes, sei que não posso largá-lo. Pois sei que ele fará alguma besteira e se colocará em perigo. Quero estar por perto para protegê-lo. Mas se ele está longe... Me sinto de mãos atadas, não posso... Fazer nada.

— Mas é claro que pode! — disse animada.

— Como...? — a encarei meio triste.

— Eu... Bem... Não sei se sinto a mesma coisa. Talvez nunca tenha passado por isso. Mas tenho certeza que se estivesse... "Apaixonada"? Faria de tudo para vê-lo feliz, por mais distante que estivesse.

— Uau! — encarei atônita. — Você está apaixonada. — olhei inquisitiva para ela.

— Eu não... — respondeu, ficando cada vez vermelha. — Nada a ver!

— Hum... — continuei a decifrá-la. — Posso adivinhar quem é? Pode ser um tal de Hen... — ela tapara minha boca.

— Não invente coisas. — soletrou irritada. — Eu não tenho tempo para isso! — virou seu olhar. — Digo... Eu nem sei se posso...

— Todo mundo pode amar. — me levantei, dizendo. — Basta escolher a pessoa certa. — sorri me afastando.

Vi que ela ainda me observava curiosamente. O que eu disse, deve ter causado alguma coisa nela. Então entrei para dentro da casa, com meus objetivos em mente.

— Vigilantes! — gritei os procurando pela casa. — Nada de moleza! Tenho uma missão para hoje.

— Mas já...? — reclamava Henri.

— Exato. — respondi. — Ou vocês acham que os inimigos descansam? Acham que eles não treinam dia e noite? Devemos fazer a mesma coisa, nos esforçar até mais... — continuei dizendo, e percebi que todos já estavam reunidos me observando.