The Vigilantes

Capítulo 38 - Motivos

"Sabia que não seria tão ruim assim... Ter uma nova família."
        
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Raven

— Gael... Gael! — gritava. — Por favor me escuta...

Ele parou no meio do caminho de costas para mim. Sabendo que ele não se viraria para me olhar, continuei dizendo:

— Sei que não quer falar comigo, talvez nem precise. — disse desanimada. — Mas preciso saber o que aconteceu com você quando foi embora. Quero saber quem é o nosso inimigo, com quem realmente estamos lidando. — disse determinada. — Quero conhecer Daniel.

— Então espero que esteja pronta.

— Eu estou. — confirmei. — Já convoquei uma reunião, falaremos sobre isso agora.

— Então vamos. — finalmente se virou e me seguiu.

Quando chegamos, alguns membros da equipe estavam dispersos pela casa. Então os chamei novamente. Depois de alguns minutos, estavam todos na sala.

— Os chamei para avisá-los. — olhei para cada um. — A Grande Guerra se aproxima.

— Sério... Só pra isso? — ironiza Tear.

— E por tal motivo, já precisamos nos preparar. — a ignorei. — Bolar um plano e estratégias. Mas antes de tudo isso, precisamos saber com quem estamos lidando. — chamei-o. — Gael...

— Enfrentaremos meu irmão. — ele disse, decidido. — E agora, sei exatamente quem ele é e como podemos detê-lo.

— Todos sabem que ele viajou, pra recuperar as memórias, que na verdade não eram dele, mas sim de Daniel. — expliquei a todos.

— Assim... Eu conheci o seu passado. — Gael completou. — E seus motivos para o que fez. Contarei a vocês...

Assim, depois de alguns minutos, estávamos boquiabertos. A história mais maluca que já ouvi, mas que de alguma forma fazia completo sentido.

— Mediante disso, vemos que ele não medirá esforços para nos deter, assim como nós. — ele concluiu.

— Por isso treinamos tanto tempo. — disse confiante. — Vigilantes, nós vamos vencer esta guerra. Conto com vocês.

Portanto, finalizei a reunião. Eles saíram aos poucos da sala. Mas meu irmão permaneceu em seu lugar. O que fez com que eu estranhasse. Ele estava pensativo demais...

— Não é tão simples... — ele disse.

— Humm...? — perguntei sem entender.

— Daniel é imprevisível. Não sabemos ainda todos os truques que ele tem na manga. Quais são seus aliados... E qual será o seu plano de ataque. Mesmo que tivermos um bom plano de ação... Será que poderemos vencer...?

— O que quer dizer com isso? — continuei a perguntar.

— O rei é louco e fará o possível para vencer. — olhou para mim. — Qualquer coisa.

— Victor... — comecei a dizer, impressionada.

— Bom... Precisamos ter cuidado. — se levantou. — Até mais...!

Tudo bem... Ainda estou me acostumando a ter um irmão de 8 anos mais inteligente do que eu. Por isso permaneci alguns segundos boquiaberta e em seguida, o chamei novamente:

— Espera... — o alcancei. — Preciso de você.

— Para quê? — perguntou desconfiado.

— Faça o plano. — pedi. — Precisamos de estratégias eficientes. Só você pode fazer isso.