Capítulo 34 - De volta ao lar

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"Um dos momentos mais bonitos, são aqueles que nem percebemos que o tempo se passa. São coisas tão simples, que nem percebemos o seu grande valor".

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Raven

Já fazia algumas semanas que Gael havia partido. Ele foi em busca de respostas. E todos os dias, continuo a pensar porque ele está demorando tanto. Quero tanto vê-lo, tocá-lo e conversar com ele para entendê-lo. Conhecer sua família, meus futuros sogros. Mas de alguma forma, isso me parece tão distante. Não somos como antes. Infelizmente estamos nos afastando de alguma forma e isso não é um bom sinal.

Félix e eu estamos mais próximos. E eu sei que não devo confundir meus sentimentos com ele. O único que amo é Gael...

— Pra onde está indo? — Félix pergunta se aproximando. 

Neste momento estava arrumando as coisas para partir. Estava com meu casaco favorito, ele fazia lembrar-me de minha família. Estava com saudades.

— Vou visitar meus pais. — disse sorridente. — Avise que volto em alguns dias. Vocês estão oficialmente de férias por um tempo.

— Uau... Isso sim é um milagre. — ele sorria. — Boa viajem, capitã. — fez uma continência.

— Obrigado Félix. — montei em meu cavalo. — Até mais! — me despedi e comecei a cavalgar.

Chegaria certamente no dia seguinte. Faria uma surpresa para os meus pais.

E Depois de horas de cavalgada e algumas paradas, finalmente cheguei a vila.

Cheguei em casa e bati na porta em dois toques.

— Já vai! — uma mulher gritava.

Eu conhecia exatamente a dona desta voz. Aquilo me fez rir.

— Quem é... — Victor abria a porta aos poucos. — Raven! — pulou me abraçando, quando me reconheceu.

— Minha nossa! Está quase maior do que eu! — sorri retribuindo o abraço. 

Olhei em seus olhos, bagunçando seus cabelos.

— Com quem está falando Victor...? — mamãe se aproximava de nós, com um pano nos ombros. — Raven! — me abraçou a ponto de chorar. — Que saudade! Por que não nos visita mais? Quer matar sua mãe do coração?

— Não! — ri. — Estava muito ocupada.

— É claro... — revirou os olhos. — Mas isso não significa que não pode nos visitar de vez em quando.

— Eu sei... — cocei minha nuca, sem graça. — Me desculpa...

— Tudo bem... — começou a dizer. — O que importa é que você está aqui. — sorriu. — Deve estar morrendo de fome, vamos comer alguma coisa. E Victor... Leve o cavalo ao estábulo.

— Tá... — murmurou.

Percebi que o pobre de meu irmão se tornou o novo escravo da casa. Como é bom passar o título de irmã mais nova!

— Claro! — entrei na casa com ela. — Ainda faz aqueles bolos? Como amo o de fubá!

— Sim, minha especialidade... — pegou as bandejas.

— E onde está meu pai? — disse comendo um pedaço do bolo.

— Não fale de boca cheia! — suspirou. — Bom... Ainda não chegou...

— Trabalhando? — perguntei.

— Sim. Está ajudando você de alguma forma... Logo, voltará. — disse tentando disfarçar sua tristeza.

The VigilantesOnde histórias criam vida. Descubra agora