Hey♡ tudo bem? Espero que não tenha se passado tempo de mais:(
Acabei me perdendo na linha temporal... e esqueci de atualizar... e me bateu bloqueio... e percebi que tinha um erro enorme de coerência nesse capítulo... enfim. Aka' estou.
Bem vindos à parte dois~♡~~♡~~
[Manhã de sexta-feira, 20 de janeiro (Urano). Sexta-feira, 23 de janeiro(Terra).]
- Vamos, Joohyun! Firme! - a exclamação veio meio segundo antes do golpe.
O ar ao lado esquerdo do corpo esguio se agitou, conforme a mesma se deslocava, esquivando-se da lâmina perfeitamente afiada. Atrás de si, um dos sacos de areia chiou, enquanto era cortado de alto a baixo, seu conteúdo vazando em cascata até encontrar seus familiares no chão. Mas é claro que ela não percebeu nada disso - ao menos, não como primeiro foco. Seu único objetivo no momento era revidar o ataque.
Avançou, impelindo seu corpo na direção de seu oponente, girando graciosamente sobre seus pés. Ganhando altura, antes de baixar, direcionando a lâmina de sua faca diretamente para o peito dele. Mas deve ter sido lenta de mais, previsível de mais.
Um som agudo e metálico ecoou pela arena, no momento em que seu oponente puxou, de um dos displays que cercavam o espaço, um escudo.
- Isso é trapaça, Kim! - bradou, furiosa que ele houvesse conseguido escapar de seu ataque ileso. Para seu despeito, tudo o que o outro fez foi rir, lançando o disco no ar e o aparando, ajustando a empunhadura de sua espada da outra mão.
- Correção, Joohyun. Não é trapaça. É agilidade. - pontuou, exibindo o sorriso perfeito que ela adoraria destruir. Não totalmente. Só arrancar um dente ou dois. Quem sabe três, se conseguisse pegá-lo de surpresa com um gancho. Mas era justamente aí que estava o problema. Kim nunca ficava surpreso, não importava o quão rápida ou forte ela fosse em seus golpes. Era como se ele sempre soubesse o que ela iria fazer. E sempre soubesse como se esquivar, defender-se... e atacar de volta. - Você está lenta hoje, Bae. Algum problema? Treinar com meu irmão está enfraquecendo você...? - provocou, perfeitamente ciente da atenção com que o outro assistia aquele treino. Sentado na arquibancada, a uns cinco metros dali, o mais novo deixou claro o seu protesto, um grunhido nada satisfeito ganhando o ar.
- Ei! Eu estou aqui ainda, sabia? - rebateu, retoricamente. Parecia indignado que o irmão tivesse a ousadia de fazer aquilo, diminui-lo na frente de sua treinadora. O que estava dizendo? Que não era bom o suficiente? "Enfraquecendo..." Ora essa! Jongin ainda lhe pagava... - Você fala como se tivesse nascido bom nisso... - resmungou, num tom emburrado que somente evidenciou o quão infantil poderia ser, às vezes. Joohyun cometeu o erro de se distrair, prestando atenção, ainda que somente com dois de seus sentidos, à pequena discussão dos Kim. Foi fatal. Era a brecha que Jongin precisava.
Avançou, numa investida que só foi percebida pela outra quando já era tarde demais; com o escudo, golpeou o braço com que ela segurava a faca, tendo o cuidado de não impelir força que fosse suficiente para mais do que desarmá-la. Sua lâmina voou longe, aterrissando quase aos pés do único telespectador da arquibancada. O rapaz se assustou, saltando para um dos lados, na expectativa de ser atingido. Quando ergueu o olhar, Joohyun já estava imobilizada. Aproveitando-se do desarmamento da oponente, Jongin havia conseguido encaixar um último de seus golpes, derrubando-a no chão, sua espada firmemente apontada para seu peito.
- Finita est. Está acabado.
Encararam-se por um segundo que pareceu eterno. Antes que uma terceira pessoa resolvesse se fazer presente no embate.
- Eu acho que não. - a voz melodiosa foi apenas a segunda coisa percebida por Kai. A primeira? As duas adagas encostadas rente ao seu pescoço. Estupidamente, ele riu. Uma risada arranhada, meio surpresa, meio debochada. Durou pouco, também - apenas o tempo que o guerreiro precisou para reconhecer a derrota, a ponta de sua espada baixando antes que ele a atirasse ao chão, reconhecendo sua rendição. - Puxa vida, essa foi fácil! - comemorou a recém-chegada num tom animado, aproveitando ainda por mais alguns instantes sua vitória, suas mãos não se movendo nem um centímetro, as lâminas ainda coladas à pele branquinha e imaculada do pescoço do outro.
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Angels - Seulrene
Hayran Kurgu"Há mais coisas entre céus e terra do que os olhos humanos podem ver." Quando dois mundos ameaçam entrar num conflito sangrento e absurdamente desigual para um dos lados, o mais frágil, e a ameaça de uma tragédia em proporções absurdas surge no hori...