Ester Mikaelson

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Enquanto todos os outros seguiam com suas missões para dar andamento ao plano de Klaus, Pandora subiu para o quarto de Hope. A criança ainda dormia quando Pandora chegou, então ela apenas se aproximou do berço e ficou ao lado da pequena, montando guarda. Meia hora depois, Hope acordou, e Pandora cuidou e brincou com a bebê enquanto esperava o retorno dos outros. Contudo, em determinado momento, Pandora percebeu algo alarmante: dálias começaram a crescer pelas paredes, causando-lhe grande preocupação.

Apreensiva, a híbrida pegou Hope no colo e tentou se manter o mais distante possível das flores. As plantas começaram a se espalhar rapidamente pelo cômodo, transformando o quarto em uma espécie de estufa. Pandora se encolheu em um canto, com a bebê assustada em seus braços. Ela cortava todos os espinhos que tentavam tocar a menina, ferindo-se no processo. No entanto, Pandora não percebeu que um espinho sorrateiro se aproximou por trás e picou Hope.

A menina começou a chorar no colo de Pandora. No segundo seguinte, Klaus entrou no quarto, surpreendendo a híbrida ao pegá-la de seus braços e tentar consolar Hope. Logo depois, Marcel apareceu, ficando confuso ao ver Pandora e Hope ainda lá.

— Não entendi. Se ela queria ambas, por que ainda estão aqui? — perguntou Marcel, expressando a mesma dúvida que Pandora. A preocupação aumentou quando os espinhos começaram a encolher por todo o quarto, deixando-a ainda mais intrigada.

— Porque tudo o que Dália precisava era de uma única gota de sangue de cada uma — respondeu Klaus, olhando para os braços da filha e encontrando um pequeno furo causado pelo espinho. Ele suspirou, aborrecido. — Hope foi picada pelo espinho... E, a julgar pelo estado de Pandora, aquela velha conseguiu o que queria.

Pandora suspirou, derrotada, e se sentou na poltrona ao lado do berço, sentindo-se impotente. Elijah lhe dera apenas uma única incumbência: cuidar para que nada acontecesse com Hope. E Pandora fracassou. Marcel percebeu a expressão de culpa no rosto dela e se aproximou, dando-lhe alguns tapinhas apiedados no ombro.

— Não fique assim, temos muito o que fazer ainda — disse Marcel, tentando confortá-la. Klaus apenas revirou os olhos e voltou a dar atenção à filha. — Ela precisa fazer um ritual para isso. Não considere isso uma vitória de Dália.

— Isso mesmo, lobinha mágica — disse Klaus, recebendo olhares atentos dos outros dois. — Até que Dália finalize o feitiço, ainda temos chances de virar o jogo.

Pandora concordou, embora se sentisse um pouco confusa por receber incentivo de Klaus. Ela se levantou da poltrona e recebeu um sorriso cúmplice de Marcel. Logo depois, o vampiro voltou sua atenção para Klaus.

— Agora, o que faremos quanto à Freya? — indagou Marcel, preocupado, surpreendendo Pandora.

— O que houve com ela? — perguntou Pandora, alarmada, olhando de um para o outro, esperando uma resposta.

— Foi levada e será morta — Klaus disse, respondendo às perguntas.

Com aquela informação, Pandora se viu tomada pelo desespero. Ela queria encontrar a futura cunhada o mais breve possível, um sentimento compartilhado por Marcel. O vampiro deixou o quarto para encontrar um meio de rastrear tanto Freya quanto Dália. No entanto, a híbrida foi impedida por Klaus.

— Me solta — pediu Pandora, mas Klaus não acatou seu pedido. Ela rosnou obstinada, algo que Klaus retribuiu com divertimento diante do novo comportamento dela. — Você tem sorte de estar com a criança nos braços.

— Não é como se tivesse muito sucesso numa situação reversa — provocou Klaus, recebendo outro rosnado mais grave em resposta. — Oh, ela é brava. Se acalme, amor. Preciso que continue cuidando dela enquanto eu dou um fim naquela bruxa.

The Hybrid | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora