Reencontro Familiar

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O jantar foi muito agradável para os dois. Elijah desenvolveu certo apreço por Pandora, ela pelo menos usufruía do que ele proporciona sem chantagens, sem traições ou qualquer outra coisa. Além de ser uma ótima cozinheira, Elijah tinha que admitir, e não poupou elogios durante o jantar.

Pandora foi dormir feliz da vida após receber tanto elogio. Dormir em uma cama nova seria fácil, pois ela estava nas nuvens. George nunca elogiou sua comida, mesmo que estivesse bom, ele sempre achava algum jeito de criticar. Agora com Elijah era o completo oposto e Pandora gostava muito disso.

Mas tão logo Pandora foi se deitar, Elijah saiu. Ela obviamente não perguntou nada, não era de sua conta, mas... Tinha uma pontinha dentro dela que queria saber. Pandora dormiu e teve novamente seu pesadelo. Era horrível ver aquele homem deplorável se decompondo e a perseguindo, acusando, a chamando de aberração e assassina. Ela precisava fazer alguma coisa para se livrar desse problema.

Na manhã seguinte, quando Pandora acordou, Elijah andava de um lado para o outro enquanto falava ao celular. Ele parecia aflito, o que, nos poucos dias que ela o conhecia, parecia ser bem constante. Assim que Pandora entrou na sala de estar, Elijah desligou o telefone e massageou a têmpora enquanto guardava o telefone no bolso de seu paletó.

— Algum problema, senhor Mikaelson? – perguntou Pandora enquanto passava entre os estofados.

Elijah ficou em silêncio por alguns instantes, permanecendo de costas para ela. Pandora ficou intrigada e se aproximou mais, mas parou assim que ele voltou a falar.

— Você é sortuda por não ter uma família. – disse Elijah, e então se virou enquanto desabotoava o palito antes de colocar as mãos no bolso. – Por mais longe que eu tenha me mudado, eles continuam se metendo em problemas, me forçando a voltar para a cidade.

— Somos parecidos então... Digo, não estamos no mesmo barco, mas é o mesmo oceano. – disse Pandora e isso verdadeiramente intrigou Elijah. – Enquanto você tem uma família disfuncional, eu sou disfuncional e sem família.

— Uma forma interessante em dizer que ambos temos problemas com família. – disse Elijah ao se aproximar de Pandora. – Peço, por favor, que não saia de casa hoje. A cidade não está segura no momento, mas eu e meus irmãos estamos trabalhando nisso. Não ficará em casa por muito tempo.

Pandora perguntaria o que estava acontecendo e ofereceria ajuda. Não que ela pudesse fazer muito, Pandora não sabia fazer magia e nem lutar, mas alguma coisa ela poderia fazer. No entanto, ela não teve tempo de perguntar, pois, Elijah desaparecera de sua vista.

— Isso é muito deselegante da sua parte, senhor Mikaelson. – Resmungou Pandora enquanto ia para a cozinha. – Que grosseira deixar as pessoas falando sozinhas.

Pandora estava disposta a obedecer ao pedido de Elijah, se ele estava tentando fazer algo para ser seguro transitar pela cidade, então queria dizer que não era seguro. Ela ficou ali por boa parte da manhã, mas quando Pandora estava voltando para a cozinha para fazer o almoço, ela escuta baterem na porta.

Pandora se dirigiu até a porta e a abriu, imaginando que pudesse ser Niklaus em busca do irmão, mas, na verdade, lá estava a mesma mulher do boticário que visitou no dia anterior. Como ela a encontrou? Pandora não sabia, o que deixou a híbrida um pouco tensa.

— Você foi bem difícil de encontrar, senhorita Carter. – disse a mulher com um sorriso no rosto. – Não se assuste, eu não vou machucá-la. Me chamo Ambre François e gostaria de pedir que me acompanhe.

— E se eu me recusar? – Perguntou Pandora, sentindo um arrepio passar em sua espinha.

Com um sorriso no rosto, François respondeu: – Então eu terei que insistir.

The Hybrid | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora