Problemas

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Pandora estava se sentindo fracassada por não conseguir destruir a Serratura. Enquanto ela e Freya falavam nessa missão, Marcel também não tinha êxito em passar pela segurança da Strix para achar na documentação deles qual navio mercante e onde exatamente estava Rebekah. Isso enfurecia Klaus, afligia Freya, preocupava Elijah e frustrava Pandora.

Por isso, enquanto a cunhada tentava passar mais um feitiço para destruir aquele medalhão, Pandora saiu de modo a procurar ajuda. Ela sabia ser arriscado sair sozinha e que poderia estar agora na mira de bruxas e vampiros, mas ficar parada enquanto Rebekah se afogava repetidamente era uma coisa inaceitável.

Quando ela entrou no cemitério Lafayette, seguiu discretamente por entre os túmulos, tirou até mesmo os sapatos para não chamar a atenção com o som chamativo que os saltos faziam. Foi então que chegou ao mausoléu da família LaRue. Uma construção grande, com túmulos em suas paredes, no chão e pareciam ter muito mais nos andares abaixo. Sim, andares. Era um bom lugar para fazer algum feitiço de projeção. Talvez conseguisse com Josephine, ou então sua mãe e finalmente conhecê-la. Era o que ela queria, aproveitar a necessidade para suprir outra.

A híbrida entrou no mausoléu cautelosamente, tomando cuidado para não atrair a atenção de ninguém, olhando para todos os lados como se estivesse fazendo algo errado. Ao perceber isso, ela sacudiu a cabeça e continuou o seu trajeto sem medo, lendo os nomes ali marcados com todas as datas e os epitáfios marcados.

Ao encontrar a lápide de Josephine, Pandora deu um sorriso triste, mentalmente se desculpando com sua avó por encerrar sua vida daquela forma. Não era bem culpa de Pandora, mas com tanta afirmação das bruxas e sua inexperiência a fez acreditar que poderia ter feito algo, mesmo que agora soubesse que Klaus e Elijah estavam certos sobre Dália já tê-la matado.

Ao olhar para a lápide ao lado, o nome que encontrou a fez ficar ainda mais emocionada. Judith LaRue-Carter – filha amada, amiga fiel, mãe zelosa e esposa querida. Era o que estava gravado na placa de pedra junto do ano de nascimento e falecimento. Os olhos de Pandora brilharam enquanto tocava a lápide, crispando os lábios para conter a ansiedade enquanto acariciava a pedra fria.

— Por mais que eu queira te conhecer... preciso chamar a vovó. – disse Pandora, num murmúrio que ainda assim ecoou pelo mausoléu.

— Aproveite e peça perdão pelos seus pecados. – uma voz feminina e um tanto rude chamou a atenção de Pandora para a entrada e lá ela viu um rosto que pouco viu, mas não esqueceria.

Angélica LeBlanc, uma mulher ruiva de olhos verdes encarava Pandora com nítido desprezo. Ela usava trajes pretos, aparentemente de luto por alguém e se aproximou ao receber o olhar alarmado de Pandora.

LeBlanc era uma das quatro garotas que eram aprendizes de François e LaRue. Claro que a maior parte das vezes que Pandora estava aprendendo magia com a avó, ambas estavam sozinhas em seu quarto de estudos, mas nas vezes que Josephine não poderia estar com ela para ajudá-la, François assumia e era sempre com Angélica e as outras três bruxas.

— É muita ousadia sua vir até aqui depois do que você fez com a Madame LaRue! – Angélica, irritada e encarando Pandora. – Você não tem vergonha?

— Eu a teria se fosse culpada de algo. – retrucou Pandora, sutilmente mudando sua posição para se aproximar da porta do mausoléu e desviar de Angélica. – Não me isento da culpa pela morte do meu tio, mas a morte da vovó eu já falei que não fui eu.

— Não seja sonsa, Carter! – exclamou Angélica, colérica.

— Mikaelson! – corrigiu Pandora.

Primeiro Angélica olhou para trás, alarmada, como se um dos irmãos Mikaelson estivesse atrás dela. Depois a encarou, a analisando enquanto Pandora ergueu uma sobrancelha e, sem querer, abriu um leve sorriso sarcástico quando a expressão de compreensão e em seguida de assombro tomou a face da bruxa.

The Hybrid | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora