The Hybrid | Elijah Mikaelson

Caça

Aviso: Este capítulo contém conteúdo de violência, caso seja sensível a ele... não deveria estar lendo uma fanfic de the Originals.

Ah, e por favor, leiam o aviso no final!

(...)

Por mais que Pandora estivesse fisicamente melhor de toda a agressão que compadeceu, emocionalmente dela estava perturbada. Após tantas perdas significativas em sua vida e a adrenalina baixar, ela simplesmente se isolou. Não queria ver ninguém, o único que se aproximava era Elijah e ele fazia o que podia para manter a esposa viva e bem, pois ela nem mesmo saia do quarto para comer.

Era o primeiro estágio do luto, Elijah conhecia bem a sensação, apesar de que quando teve seus traumas, nem sequer teve tempo para se permitir passar pelas cinco fases. Sua família sempre tão perturbada o forçava pular o estágio do retraimento para a aceitação, não experienciando a raiva ou a barganha.

Concomitante a isso, havia Aya no comando da Strix, Klaus e Camille em constante contenda, sobretudo agora que descobriram um brinquedo de Hope composto de carvalho-branco, uma possível arma para atentar contra um do Original e que estava nas mãos de Camille como objeto de troca. Sem falar em Davina que se juntou a Strix após notar-se erma por todos os que conhecia. Eram tantas dificuldades coincidindo, mas Elijah só se atenta à saúde mental de Pandora.

— Oi... – cumprimentou Elijah, entrando no quarto escuro e encontrando o olhar de Pandora em meio aos travesseiros e cobertor. – Não comerá nada?

— Estou sem fome. – respondeu Pandora, num tom de voz baixo e triste.

— Sei disso, mas ainda assim precisa se alimentar. – retrucou ele, se aproximando devagar.

Elijah sentou-se na beirada da cama ao lado de Pandora e esticou a mão para encontrar a dela, acariciando-a com leveza de modo a sentir a maciez e calor de sua pele. A híbrida se levantou, engatinhou na cama até chegar em Elijah e sentou-se no colo dele, se aninhando em seus braços, sendo apertada em um abraço carinhoso e recebeu mais um beijo na testa que a fez suspirar.

— Farei algo para você comer, um lanche talvez. – comentou Elijah. Pandora pensou em insistir que não queria nada, mas não adiantaria e ela mesma sabia disso.

E foi realmente rápido, ele saiu do quarto e menos de 20 minutos estava de volta com um sanduíche de queijo branco e linhaça, mais um suco de laranja fresco.

— Teimoso. – resmungou Pandora, com um meio sorriso no rosto e tapou os olhos antes que o marido afastasse as cortinas das janelas, deixando que a luz natural daquela tarde entrasse no quarto.

— Hm... Isso não posso discrepar. – respondeu Elijah, voltando a se sentar ao lado da esposa, ela já estava com os olhos abertos outra vez, se acostumando com a iluminação.

Pandora comeu em silêncio, não queria conversar, não queria falar, só voltar para debaixo da coberta e ficar lá pensando no que concretizaria dali para frente. Um feitiço de ressurreição é complicado, demanda muita energia, do qual ela não sabia se tinha. Ainda havia esse tormento todo que os Mikaelson estavam passando com os primeiros das linhagens.

Sua vingança parecia algo egoísta em comparação, outros vampiros morreriam se algo acontecesse com os irmãos Mikaelson. Ela não queria nem pensar em perder Elijah também, ele foi literalmente o único que lhe restou e Pandora colocaria todo seu esforço para o proteger. Não que ele precisasse, mas faria mesmo assim.

— Já decidiu o que fará com nosso hóspede? – perguntou Elijah, tirando o prato e copo vazio da mão da morena e os colocou sobre a mesa de cabeceira.