Morar naquele apartamento trouxe suas vantagens, pois agora Pandora tinha um quarto para praticar magia. Ela se absteve da necromancia, mas os demais feitiços ela já pegou o jeito, mesmo os mais complicados. Quando ela apresentava alguma dificuldade, Elijah a ajudava deixando-a usá-la como fonte de energia para canalizar magia. Ela estava progredindo rápido e em apenas um mês já tinha domínio de quase 90% do grimório de Josephine, isso deixava o vampiro muito orgulhoso.
Pandora não aprendeu a ser uma ótima bruxa, ela estava progredindo com o piano (que ela pediu para Elijah ensiná-la e no dia seguinte ele apareceu com um piano de cauda sendo erguido para o apartamento), ela também aprendeu a dançar, mas a única coisa que a híbrida não aprendera foi lutar. Ela estava negligenciando seu lado lobo, o anel a ajudava a ter a força bruta do animal, mas de que isso adiantaria se ela não soubesse lutar?
Por isso ela pediu mais ajuda à Elijah. Ele não se importou, como sempre, na verdade, estava satisfeito em vê-la querer aprender todas aquelas coisas e que podia contar com o vampiro para isso. Ao anoitecer, Elijah e Pandora foram para o Central Park, já silenciosa e obscura pela madrugada, onde puderam iniciar o treinamento.
— Você vem progredindo magnificamente em tudo que se dispôs a fazer. – comentou Elijah, enquanto entravam naquela clareira pouco iluminada. – Estou orgulhoso disso tudo e entendo do porque querer aprender alguma arte marcial.
— Em algum momento com magia eu estarei em desvantagem, tenho que usar meu outro diferencial ao meu favor. – comentou Pandora, tirando seu casaco e Elijah concordou com um movimento da cabeça enquanto também tirava o próprio casaco, juntando o dele e o da moça no banco de madeira que tinha próximo a eles.
— Quando o assunto é combate, eu não sou um professor muito piedoso. – comentou Elijah, enquanto abria os botões das mangas de sua camisa e em seguida as dobrava para ler uma movimentação menos restritiva de seus braços.
— Se pegar leve comigo, vai dormir no sofá. – rebateu Pandora, sorrindo debochada e recebendo o falso olhar ofendido de Elijah.
Ambos montaram guarda e depois avançaram um contra o outro. Pandora tentava atingi-lo com tapas, socos, chutes, mas nada parecia surtir efeito, já que ele é ágil e extremamente experiente em combate. Mas ainda que ela conseguisse atingi-lo com um golpe ou outro, Elijah notou algo de estranho nos ataques dela, então, quando Pandora tentou atingi-lo com mais um chute, ele a prendeu pelo calcanhar e chutou a outra perna que a sustentava no chão, fazendo Pandora cair.
Ela resmungou com a dor aguda do impacto, tentou se levantar, mas não pôde, pois Elijah estava ajoelhado ao seu lado, a mantendo deitada no chão pela pressão que ele exercia em seu ombro com apenas uma mão.
— Você está segurando seus socos. – comentou Elijah, Pandora tentou negar, mas desistiu quando não conseguiu sustentar o olhar sério do vampiro. – Por acaso está com medo de me machucar?
— Não estou com medo de te machucar... – rebateu Pandora, inquieta.
— Que bom, pois se não é para eu não pegar leve com você, o contrário deveria valer também. – comentou ele, finalmente soltando Pandora e usando de sua alta velocidade para se afastar.
Pandora se levantou, pouco se importando de estar suja de terra e grama, apenas jogou o cabelo para trás para tirar as mechas de seu campo de visão, enquanto lançava um olhar sério e desafiador à Elijah, ele apenas correspondeu àquele olhar feroz com um singelo e breve sorriso.
— Vampiros são criaturas extremamente ágeis... – comentou Elijah, iniciando um caminhar lento e pomposo, com um ar de professor em sua fala enquanto alinhava sua gravata. – E como você já aprendeu na própria pele, somos muito fortes. Porém, há sempre algo que você possa usar contra nós, apenas precisa descobrir como nos atingir.
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The Hybrid | Elijah Mikaelson
Fanfic"Por muitos anos, a doce e inocente Pandora Carter era maltratada por seu tio George, que a criava. Mas um dia, em uma perda de controle emocional, ela comete um enorme erro que lhe custará a sua "segurança" e descobriria sozinha que tinha dons que...