Pandora arrastou Rayna, com uma mão, para o átrio da mansão da Strix de modo a facilitar o trabalho que ainda teriam, enquanto a outra carregava a pesada espada da caçadora. Marcel já a informou de suas ações: deixou Stefan e Davina no complexo com Freya, já avisara Elijah de seu plano e agora buscava um local seguro para abrigar as jovens bruxas salvas daquele covil.
Ela estava distraída pensando na próxima parte do plano e acabou se assustando com a aproximação do marido e do cunhado. Klaus riu brevemente de seu susto antes de se abaixar para pegar a caçadora e a jogar por sobre seus ombros.
— Seu faro tem hora marcada, amor? – provocou Klaus, debochado. Pandora revirou os olhos e apontou para a entrada do salão.
— São muitos corpos se decompondo ali dentro, o cheiro de vocês acabou se camuflando. – respondeu Pandora e Elijah olhou para o interior do cômodo para averiguar a situação.
Pandora seguia as ações do marido com o olhar, ele parecia normal até que seus olhos se abriram um pouco mais em surpresa, e em seguida, recaíram-se sobre a esposa e sua mão ensanguentada. A híbrida pressentia que ele já estava ligando os pontos com a morte de Aya, só ela poderia ser sua assassina e o vampiro entendeu isso muito rápido.
Klaus, nada disposto a presenciar a provável discussão entre o casal, saiu em direção ao carro estacionado em frente à construção, levando Rayna consigo e deixando-os sozinhos. Elijah manteve a seriedade que lhe era costumeira, mas a híbrida sentia o cheiro de seu descontentamento se sobressair ao fedor de decomposição e já se preparava para o que estava por vir.
— Por quê? – perguntou Elijah, assim que Klaus se afastou.
— Você sabe porquê. – respondeu Pandora, sustentando o olhar do marido. – Foi ela que sequestrou a mim e meu pai... Além de aprisionar aquelas bruxas aqui com um trato mágico eterno. Só com a morte de um dos lados o encerraria.
— E você gostou muito de ajudá-las. – retrucou Elijah, enquanto retirava o lenço que tinha no bolso de seu paletó e entregou para a esposa limpar a mão suja de sangue.
— Gostei. Não mentirei sobre isso. – respondeu Pandora, aceitando o lenço ofertado e entregando a espada para o marido de modo que pudesse limpar o sangue de suas mãos.
A expressão de Elijah era indecifrável para Pandora naquele momento. Completamente neutro e isso a incomodou. Quanto ele estaria sofrendo pela morte de Aya? Ela esperava que a resposta fosse nada, mas era uma esperança infundada.
Após um suspiro irritado, ela jogou o lenço no chão e saiu da mansão a passos duros. Entrou sozinha no banco de trás com a espada em mãos e permaneceu em silêncio enquanto os irmãos Mikaelson também se acomodavam nos bancos da frente.
— Me deixe no complexo, Niklaus. – pediu Pandora e Klaus olhou para ela pelo retrovisor.
— Tem certeza? – perguntou Klaus, arqueando a sobrancelha esquerda em surpresa pelo pedido.
— Sim, vocês pegam o Senhor Salvatore para ajudar a se livrar da Rayna. – retrucou Pandora, olhando de canto para Elijah, mas o marido nem sequer olhou para ela.
Klaus olhou de um para o outro antes de seguir para o complexo como a cunhada havia pedido. Assim que o carro parou, ela saiu do veículo sem olhar para trás. Davina, Stefan e Freya estavam no pátio conversando casualidades quando a atenção deles recai sobre a híbrida.
Pela expressão desgostosa de Pandora, Freya já sabia que algo no plano não deu certo. A híbrida informou a Stefan de que Klaus e Elijah o esperavam do lado de fora da mansão e então subiu para seu quarto e de Elijah.
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The Hybrid | Elijah Mikaelson
Fanfiction"Por muitos anos, a doce e inocente Pandora Carter era maltratada por seu tio George, que a criava. Mas um dia, em uma perda de controle emocional, ela comete um enorme erro que lhe custará a sua "segurança" e descobriria sozinha que tinha dons que...