O Infame Jantar (Parte 2)

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A Torre de Babel se tornaria um templo puro em comparação àquele jantar no Complexo Mikaelson. Aurora buscava a todo instante uma oportunidade de alfinetar Elijah, obviamente ressentida pelo que ele fez no passado. Lucian mantinha suas indiretas sobre Cami, mantendo o clima muito mais denso, deixando a ruiva roída e Klaus aborrecido. Além disso havia Tristan com seus olhares indecentes em direção a Pandora, causando ainda mais ciúmes a Elijah.

Era constrangedor que ele estivesse tão interessado em Pandora, mesmo ela deixando claro sua abnegação.

— Senhorita Carter, creio que o ideal seja não presenciar uma situação tão desagradável quanto o que está por vir. – falou Tristan. – Eu não gostaria que ficasse traumatizada.

— Você está sendo cínico, Senhor De Martel. Eu já o vi arrancar um coração antes. – disse Pandora, indiferente ao comentário de Tristan. – E eu não quero perder o show desta noite.

— Ah, é? Que seria o quê? – disse o loiro, focado na morena.

— Em um dos dois com seu coração na mão. – disse Pandora, e olhou para Elijah. – Eu mudei de ideia sobre o que falamos mais cedo.

— Percebi. – disse Elijah, olhando de Tristan para Pandora. – Confesso que estou ensaiado a fazê-lo.

— Se gosta desse tipo de entretenimento, posso lhe garantir que se divertirá ao me acompanhar até a sede da Strix. – propôs Tristan e Pandora revirou os olhos.

— Você não larga o osso, não é?! – resmunga Pandora.

Tristan deu um meio sorriso antes de sorver um pouco de seu vinho, aparentando estar entretido com os galanteios dispensados e ainda mais atraído por Pandora. Os dedos de Elijah tamborilavam ruidosamente sobre a mesa, olhando de Pandora para Tristan sem entender o porquê de ele não entender as recusas claras que ela dispunha. Possivelmente era a mentalidade medieval de que a mulher é completamente submissa às vontades do homem sem quaisquer direitos deve ainda perpetuar a mente do vampiro.

Os Mikaelson já tinham noção do plano original de suas linhagens. Era um fato que não aceitariam ser presos em algum lugar, mas careciam de descobrir onde esconderam Rebekah. A falta de resposta estava tirando a paciência dos irmãos, além dos cortejos indiscretos de Tristan sobre Pandora.

— Esta é a pior performance em jantares teatrais que já estive em séculos. Até mesmo o jantar com os Salvatore foi melhor interpretado. – comentou Elijah, dando um suspiro decepcionado, em seguida olhou para Aurora. – Aurora, minha irmã, por gentileza...

— Ela já sabe do nosso desejo de recuperar nossa irmã. – disse Klaus, interrompendo o irmão em defesa da ruiva. Aurora sorriu para ele, mas o olhar que ele recebeu do híbrido não foi o esperado. – Sei que ela fará de tudo para devolvê-la, não é?

O sorriso de Aurora desapareceu de seu rosto, e uma carranca tomou seu lugar. Ela parecia ultrajada com a ainda de Klaus e já estava pronta para dar um chilique, quando Freya chega no complexo.

— Ah, não sabia que dividimos agora o jantar com os inimigos. – ironizou Freya, olhando para Klaus e Elijah. Klaus revirou os olhos e bufou diante do comentário da irmã, enquanto isso, Freya recaiu sobre Aurora. A ruiva estreitou o olhar, desconfiada. – Que bom que está aqui, pois tenho perguntas e quero respostas.

A imposição de Freya foi o estopim para que Aurora enfim perdesse o controle. Os olhos de Aurora escureceram e seus caninos quase cresceram enquanto ela se levantava.

— Ora, por favor! Agora tenho que lidar com a irmã perdida? – disse Aurora, irritada, com sua voz a afinar pela irritação, Klaus e Pandora fizeram uma careta involuntária. – Nik, me poupe da paranoia da sua família! Por isso eu resolvi sequestrar a Rebekah!

The Hybrid | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora