O tom de pele de Pandora estava cada vez mais pálido, o calor que Elijah sempre gostou de sentir em seu toque estava desaparecendo e isso o amedrontou. Contudo, não havia o que fazer, ele sequer sabia como interromper o feitiço sem perdê-la.
O sentimento de impotência, seu velho conhecido, regressava a Elijah naquele momento, algo que ele só passou com Klaus ao longo dos séculos e que, aparentemente, passaria com a esposa também. Aflito, Elijah puxou a mão que segurava a de Pandora e beijou sobre os dedos dela.
— Sei ser meio estranho ouvir isso vindo de mim – começou Hayley, atraindo a atenção de Elijah para si. –, mas tudo acabará bem.
— Impossível não me preocupar. – respondeu ele, voltando a olhar para a esposa. – Ela é forte, além de frágil. Agora mesmo se eu soltar a mão dela, mesmo que não intencionalmente, eu posso perdê-la para sempre.
— Mantenha o pensamento positivo, Elijah. – disse Camille, que também segurava firme e atentamente a mão de Vincent. – Conhecido pouco de Pandora, mas até mesmo sei que ela não desistirá da vida que tem com você. Tenho certeza que ela voltará logo em segurança.
— Concordo. – disse Hayley, com um leve sorriso maroto no rosto. – Ela não te deixará livre tão cedo.
Elijah suspirou, olhando para Pandora. Com a mão livre ele acariciou o rosto dela com delicadeza, mais uma vez sentindo a ausência do calor em seu corpo.
Ele não gostava disso. Ele não gostava nada disso.
(...)
Assim que entrou na casa, Pandora sentiu como se tivesse voltado para a época em que vivia com Josephine. A música clássica deixando o ambiente mais suave, a mobília continuava a mesma, a decoração também.
Ao entrar na sala, com Vincent logo atrás, ela viu George se acomodar em uma poltrona e ao seu lado, no sofá de três lugares, estava Josephine acompanhada de outra bruxa. Ela era alta, de olhos azuis e tão claros quanto os de Josephine e de cabelos longos ondulados e negros. Assim que viu Pandora, a mulher ficou em choque e já Josephine se levantou do sofá e foi até a neta para a abraçar com força.
— O que faz aqui, minha menina? – perguntou Josephine, ainda apertando a híbrida em seus braços.
— Uma breve visita. – respondeu Pandora, se prendendo na avó o quanto pôde, surpresa que pudesse chorar ali também. – Desculpe, vovó! Eu não pude fazer nada para evitar sua morte!
— Não, não! Nada de se desculpar por algo que não é sua culpa. – apontou Josephine, ao soltar a neta de seu agarre. – Eu sabia que não venceria uma bruxa de mais de um milênio de vida. Nem sequer tentei reagir. – Ela fez uma carícia no rosto de Pandora a neta nos olhos. – Apenas me arrependo de não me despedir adequadamente de você.
— Tocante... – alfinetou George, sarcástico e revirando os olhos.
Ele logo recebeu um golpe de almofada no rosto pela mulher que até então se manteve quieta, só assistindo à interação de Josephine e Pandora.
— Fica quieto! – exclamou a mulher, arrancando a almofada de volta para seu colo enquanto George rezingava pelo golpe recebido.
Ao perceber a interação deles, Josephine dera um sorriso, segurou Pandora pela mão e a guiou até a bruxa desconhecida. A morena se levantou do sofá, seus olhos já estavam cheios de lágrimas, ela tentava se manter neutra, mas os lábios trêmulos denunciavam sua emoção.
— Venha, quero te apresentar uma pessoa. – disse Josephine enquanto guiava a neta, até deixá-la em frente a outra bruxa. – Está é minha filha Judith... e sua mãe.
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The Hybrid | Elijah Mikaelson
Fanfiction"Por muitos anos, a doce e inocente Pandora Carter era maltratada por seu tio George, que a criava. Mas um dia, em uma perda de controle emocional, ela comete um enorme erro que lhe custará a sua "segurança" e descobriria sozinha que tinha dons que...