Fate Ducado

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Os dias que se seguiram foram bem atribulados, Pandora evitava sair do complexo para não enfrentar um turbilhão de bruxas furiosas a abordando sozinha, mas quando o tédio a vencia, ela sempre podia contar com a companhia das cunhadas que ficavam mais do que felizes em obrigá-la a aceitar seus caprichos para a segunda cerimônia. Enquanto isso, Elijah e Klaus continuava a investigar sobre as reais intenções de Tristan e Lucian na cidade, pois nenhum dos dois vampiros havia convencido os irmãos Mikaelson de que estavam ali para autopreservação e isso criou em Klaus e Elijah um remorso pela criação de suas linhagens.

Numa dessas manhãs, Elijah deixou Pandora com as irmãs em casa enquanto saía para se alimentar e fazer mais algumas sindicâncias com Klaus. As rondas se tornaram habituais, ainda que não trouxesse nenhum resultado, até que encontram no pátio do complexo a pista que tanto queriam.

Junto ao chafariz havia uma bruxa morta estrategicamente deitada sobre um punhado de verbena e com uma carta em suas mãos. De imediato Elijah se alarmou, uma bruxa morta nas dependências dos Mikaelson só faria as acusações sobre Pandora crescer ainda mais. Já era uma surpresa que elas não tenham se unido para os atacar, talvez houvesse um dedo de Marcel nisso, mas com mais aquela morte para a comunidade bruxa, poderia se tornar um problema. Porém Pandora não estava em nenhum lugar da casa, bem como suas irmãs. Ele poderia supor que elas saíram para fazer compras, mas precisava comprovar.

Elijah retoma ao pátio quando Klaus consegue enfrentar o cheiro desagradável e queimante da verbena para pegar a carta.

— 'Rosas são vermelhas, como o Sol do amanhecer. Venha me encontrar antes que eu encontre você.' – leu Klaus em voz alta o conteúdo da mensagem.

O híbrido ficou apreensivo e pálido, olhando para o irmão em seguida. Elijah o olhava surpreso, pois ambos sabiam de quem era aquela sutil mensagem e a presença de Aurora de Martel junto à sua psicose e esquizofrenia eram acréscimos aos problemas que eles não esperavam e não desejavam ter.

— As poesias de Aurora já foram melhores. – comentou Klaus, analisando a falecida numa tentativa de afastar as memórias que já o atingiam.

— O problema não é a poesia. – disse Elijah, tirando seu celular do bolso e já iniciando uma ligação para o celular de Pandora.

— Ela quer nos ver, então temos que ir. – disse Klaus, tentando tirar o celular da mão do irmão, mas Elijah o afastou.

O mais velho não estava disposto a encontrar a estranha irmã de Tristan para que seu irmão pudesse ter seu reencontro. Primeiro ele precisava saber se a esposa estava bem, somente depois acompanharia Klaus para rever a vampira. Elijah só não sabia quais eram as reais intenções do irmão com aquele reencontro.

Oi, Eli! – exclamou Pandora ao atender a ligação, aliviando a tensão de Elijah. – Já estava ficando preocupada...

— Onde está? – perguntou Elijah e Klaus bufou e revirou os olhos.

Fazendo compras com Rebekah e Freya. Elas decidiram fazer algumas encomendas para o casamento e eu não tenho o direito de opinar. – resmungou Pandora, ainda que houvesse um leve tom humorado em sua voz. Ouvir a palavra casamento deixou Klaus intrigado e olhar desconfiado para o irmão. Elijah por sua vez sorriu em divertimento, era de se esperar que Freya e Rebekah fossem ser mandonas com a segunda cerimônia já que perderam a primeira. – Acredita nisso?! E eu que sou a noiva!

Grande coisa, ninguém mandou casar em Nova Iorque sem a gente! – reclamou Rebekah.

Elijah logo fechou os olhos e suspirou diante da encarada letal que recebeu de Klaus. Claro que ele ouviu o resmungo de Rebekah e Elijah sabia que tinha de aguentar as suas alfinetadas sobre o assunto por um bom tempo. Ele sabia que Klaus descobriria sobre, porém não era assim que Elijah desejava.

The Hybrid | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora