Plano Ancestral (Parte 1)

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Ao acordar, Pandora ainda estava nos braços de Elijah. Ele a manteve mais aquecida e confortável do que pôde, além de fazer um cafuné tão gostoso que tirou toda a coragem de Pandora em levantar.

Contudo, o silêncio anormal ao qual o complexo se encontrava a intrigou. Ela apenas se ajeitou na cama para olhá-lo nos olhos, recebendo um sorriso e um beijo de esquimó.

— Está se sentindo melhor? – perguntou Elijah, atencioso e continuou com as carícias, sorrindo satisfeito ao ouvir o ronronar da esposa.

— Estou. – respondeu Pandora, manhosa. – Minha garganta ainda está um pouco irritada, mas fora isso estou bem.

— Quer beber algo? – perguntou ele, apontando para o jarro d'água que havia na mesa de cabeceira. – Tem água aqui, mas posso ir à cozinha para pegar um suco para você.

— Muito gentil da sua parte, Eli, mas agora não. Eu só quero ficar mais um pouquinho aqui. – comentou ela, cheia de dengo, esfregando o nariz na bochecha dele.

Elijah apenas riu e a apertou um pouco mais em seus braços de modo a dar todo o carinho que ela procurava. Pandora sentia que poderia dormir outra vez apenas com os afagos que recebia na nuca, mas ela ainda estava curiosa do porquê a casa estar tão silenciosa.

— Onde estão Niklaus e Freya? – perguntou Pandora, levantando a cabeça ao mesmo tempo em que Elijah abaixou o olhar para olhá-la.

— Foram garantir que a resolução desses embates não tenha pontas soltas. – respondeu Elijah, ele se inclinou um pouco na direção dela e deu um beijo em sua testa. – Lucian Castle está a solta, então ainda há riscos, mesmo que ele não esteja em posse do cavaleiro de carvalho-branco.

— Ah, é! Ainda tem ele... – resmungou Pandora, esfregando o rosto no peitoral do marido.

— Particularmente, eu não acredito que Lucian seja uma ameaça, sobretudo sozinho. – comentou Elijah, enredando seus dedos em uma mecha de cabelo de Pandora. – Apesar disso, segundo Marcel, enquanto você brincava com os De Martel, Lucian descobriu uma maneira de se coligar às bruxas ancestrais.

— Isso não é nada bom. – resmungou Pandora, sentando sobre seus calcanhares. – Já não tenho um bom histórico com elas e agora tem o Lucian para completar o grupo?!

Isso realmente a preocupou, pois Lucian antes sequer tinha poder para lutar sozinho contra os Mikaelson. Possivelmente se viu desesperado após tudo os planos dele e dos De Martel desabar em desgraça. O Medalhão estava em posse de Klaus, muito bem guardado (mesmo que ativado), os irmãos de Martel mortos e ele sem a assistência não conseguiria nada.

Pandora precisava fazer algo a respeito, poderia pedir ajuda invocando sua avó no cemitério, apesar da possibilidade de ser atacada de novo por Angélica ou François, ou qualquer outra bruxa que não acreditasse em sua inocência. Era preciso outro caminho.

— Tem notícias do senhor Griffith? – perguntou Pandora, recebendo um olhar confuso de Elijah.

— Acredito que prossiga como regente. Na pior das hipóteses, continua como conselheiro sobrenatural da polícia. – respondeu Elijah. – Por quê?

— Precisarei da ajuda de um bruxo experiente para dar fim em tudo isso de uma vez por todas. – comentou Pandora, se levantando da cama. – Além de uma ajudinha do outro lado também.

Para Elijah, parecia mais uma ideia suicida. Se pudessem seguir por uma via mais segura, o realizaria com prazer e sem tremeluzir. No entanto, Pandora precisava de ajuda para realizar qualquer que fosse o feitiço que ela tivesse em mente. Não havia outra opção.

The Hybrid | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora