Se existe uma palavra que definiria perfeitamente Rebekah e Freya era Empolgação. As irmãs estavam muito animadas em ajudar Pandora a se aprontar para um baile, como se fossem todas irmãs e aquele seria o primeiro baile de inverno que Pandora iria. Na verdade, era quase igual, pois seria realmente o primeiro baile da híbrida, apesar de que seria em um luxuoso hotel ao invés da quadra de um colégio e não teriam adolescentes cheios de libido e sim vampiros seculares sedentos por sangue, nada muito diferente.
Contudo, a busca pelo vestido ideal não estava obtendo sucesso, pois nenhum dos vestidos novos que Pandora trouxe consigo de Nova Iorque agradava às irmãs. Após lançar para elas um olhar de quem teve uma ideia, Rebekah desapareceu das vistas de Pandora e Freya e retornou carregando em suas mãos um maravilhoso vestido. Era um conjunto de saia e corpete, sendo o corpete de veludo vinho e a saia longa até os pés, havia uma camada feita de cetim vermelho sobreposta por várias outras camadas de tule vermelho.
Pandora ficou um pouco receosa em usar, ela não gostava de vestidos sem mangas, se sentia desconfortável. Ao experimentar com o auxílio das cunhadas, notou que o corselete se ajustou perfeitamente ao seu corpo, tudo estava em seus devidos lugares. Após calçar os sapatos, colocar um colar discreto de prata e um par de brincos com pequenas pedras discretas de rubi, foi a vez da maquiagem que Rebekah tratou de fazê-lo enquanto Freya fazia cachos nos cabelos negros da híbrida.
Pandora se sentia uma boneca, não teve direito a opinião enquanto era arrumada e sentia que seria assim também na segunda cerimônia de casamento que ambas estavam planejando.
— Está linda. – elogiou Freya assim que se colocou atrás de Pandora com Rebekah ao seu lado.
Pandora ficou em choque com a própria aparência, girando o corpo para um lado e depois para o outro para poder ver seu reflexo por todos os ângulos possíveis e em todos eles, Pandora se sentiu satisfeita.
— Nossa! – exclamou Pandora, embasbacada.
— Vermelho combina com você, não deveria usar tanto preto. – disse Rebekah, alinhando uma mexa do cabelo de Pandora que teimosamente saia de seu devido lugar.
— É influência do seu irmão. – justificou-se a morena. – Tudo ao seu redor é elegante, refinado... Acabo me esforçando para me igualar.
Era algo que Pandora sentia ser involuntário, ela desejava combinar com Elijah, se sentir mais agradável aos seus olhos, por mais que ele reforçasse sempre que ela era linda e amava vê-la usar qualquer estilo de roupa, desde o vestido elegante até uma camisa branca surrada. E ao que parecia, Rebekah e Freya concordavam com ele.
— Ora, mas que bobagem! – exclamou Rebekah, perplexa. – Elijah gosta de você justamente por você ser diferente.
— Eu concordo! – disse Freya, sorrindo gentilmente para a cunhada através do reflexo do espelho. – Que graça tem de estar com alguém que gosta de absolutamente tudo o que gostamos?
Pandora sorriu agradecida, feliz por tê-las em sua vida. Com a sua união com Elijah ela ganhou irmãs e não poderia se sentir mais agradecida. Ela se perguntava como seria sua vida se nada do que aconteceu quando era um bebê houvesse realmente acontecido?! Como seria sua vida agora? Estaria com seus pais? Teria irmãos ou irmãs? Era uma pergunta que ela nunca verá respondida.
— Agora chega de papo que o seu príncipe encantado a aguarda para o baile. – afirmou Freya, guiando Pandora para fora do quarto.
Pandora puxou um pouco para cima a parte da frente da saia apenas o suficiente para que não pisasse no tecido delicado e arruinasse o vestido emprestado de Rebekah. Elijah já estava no pátio acomodado no sofá com o convite em mãos, ele utilizava um fraque inteiramente preto em todas as peças: terno longo, colete, calça, sapatos, meias e até a gravata. A única peça que destoava era a camisa de cor branca.
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The Hybrid | Elijah Mikaelson
Fanfiction"Por muitos anos, a doce e inocente Pandora Carter era maltratada por seu tio George, que a criava. Mas um dia, em uma perda de controle emocional, ela comete um enorme erro que lhe custará a sua "segurança" e descobriria sozinha que tinha dons que...