Jessie: Aurora, pode conversar agora?
Aurora: Claro, J. O que foi?
Jessie: Acho q meus pais nao estao mt bem
Aurora: Como assim?
Jessie: Eles andam brigando muito. Ficam agitados e gritam, se ofendem. Isso ta acontecendo ha semanas.
Aurora: Jessie, fica calma. Eles estao ha mt tempo casados, vai ver é isso.
Jessie: Nao sei. Meu tio tenta me distrair e acho que a presença dele aqui aparta as brigas, mas meus pais ainda estao dormindo em quartos separados.
Aurora: Jessie, que droga...
Jessie: Pois é. Sera q vao se separar?
Aurora: J, nao diga isso! Pode ser apenas uma fase ruim!
Jessie: A mamae disse que quer se separar
Aurora: Pra voce?
Jessie: Pra ele
Jessie: E agr ela culpa ele o fato do carro dela ter sido roubado, afinal, ele deixou as chaves na igniçao.
Aurora: Ok, hã... meus pais também andam brigando muito. Bastante. Eu tenho medo do motivo por trás disso.
Jessie: O tio não é policial? Deve ser por causa do trabalho dele, nao? Voce mesma me disse que ele ta investigando um crime ruim
Aurora: É, mas sei lá... minha mãe mencionou umas coisas...
Jessie: q coisas?
Aurora: Deixa pra la, vou me atrasar pra prova. Bjs!
Não que dizer para Jessie que estava tudo bem fosse fazer absolutamente tudo ficar bem. Aurora ainda tinha memória, e se lembrava muito bem da discussão que seus pais tiveram há alguns dias, na segunda-feira, quando Kate e Luke estiveram em sua casa. "Como pôde fazer isso comigo, Marshall?", gritara sua mãe. "Marshall, eu a vi! E você sumiu boa parte da noite, agora me responda como não posso pensar algo diferente de você? Quem era aquela loira?"
Quem era aquela loira... que loira? Ela estava se referindo ao momento em que seu pai sumira subitamente de sua festa de aniversário, quando sua mãe fora até ela o procurando. Ela não soube dizer onde o pai estava, e ele só repareceu muito depois. Ela não se lembrou de questionar o pai sobre seu paradeiro, pois talvez tivesse sido chamado no trabalho por urgência ou algo do tipo. Mas, lembrando bem, ele estava de folga. Teria seu pai traído sua mãe?
Ela estremeceu só de pensar na possibilidade. Eles sempre lhe pareceram o casal mais feliz do mundo. Como ele poderia fazer algo daquilo? Ele era um homem tão honrado e tão carinhoso.
-Querida, melhor irmos logo, pois a chuva está forte demais e pode piorar. - a voz de seu pai a pegou de surpresa, fazendo ela se sobressaltar - Está... tudo certo com você?
Ela pôs a mecha de seu cabelo atrás da orelha.
-Claro. - ela forçou um sorriso, pegando a bolsa - Podemos ir.
Eles entraram no carro do seu pai, um Ford branco. A tempestade estava tão forte que eles levaram capas de chuva para poder entrar. A chuva começara no dia de ontem, e ainda seguia fazendo parte da rotina dos cidadãos. De manhã ela dera uma trégua, e talvez por isso a prova não foi remarcada. Mas agora a situação se revertera. Trovões podiam ser ouvidos com facilidade, e a chuva era tão forte que mal dava para ver alguma coisa. Deus abençoe o GPS.
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O Mal Infiltrado (LIVRO 1) - Mistérios de Greenworsh
Novela JuvenilAVISOS: Esta história contém cenas de morte. Já passou pela experiência de algo simplesmente sumir de repente? Como o celular que você jurou ter colocado em cima da mesa, de repente, puf!, sumiu? Mesmo sem explicação alguma? Bem, em Greenworsh isso...